Não bastasse ter que jogar a Série C depois de um rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Criciúma ainda lida com uma pandemia de Covid-19 para complicar de vez o faturamento. "A Série C é um inferno para um clube do porte do Criciúma", definiu o diretor Comercial e de Marketing do clube, Júlio Remor, em entrevista ao Timaço da Rádio Som Maior nesta quarta-feira, 19, no programa Som Maior Esportes.
Remor comentou que, com a ausência de público no estádio, o Criciúma tem a inadimplência mais elevada do seu quadro. Metade dos associados não está pagando em dia. "O sócio continuou pagando no começo da pandemia, mas quando voltaram os campeonatos sem público, deu impacto. Estamos com 50% de inadimplência, muitos desses torcedores acabaram não vindo pagar pois não tem jogos, estavam acostumados a pagar na secretaria, mas muitos estão deixando de pagar por não ter presença de público no estádio", relatou o dirigente.
O Criciúma está negociando os débitos, e facilitando o acerto caso a caso. "Estamos com uma política tranquila para o sócio que ficou devendo, para vir, colocar em dia. Fazemos um acerto amigável, caso a caso, para manter o mínimo de faturamento para ajudar o departamento de futebol a estar mantendo elenco, pagamentos em dia e contratações, um time competitivo para subir para a Série B", detalhou.
Torcida no estádio
Sem poder colocar torcedores no estádio Heriberto Hülse, o Criciúma estuda uma ação especial. "Estamos estudando internamente, no marketing, a possibilidade de trazer o torcedor por placas ou flâmulas, serão 190 placas ou flâmulas, da imagem do torcedor, ficarão fixas durante o campeonato enquanto não puder ter público, para o torcedor se sentir presente", afirmou Remor. Seria ao estilo do que muitos clubes já estão fazendo, com imagens de torcedores nas arquibancadas durante os jogos. "Vamos buscar parcerias com o torcedor, para ver o custo, lançamos a sementinha e vamos tentar fazer evoluir em breve", detalhou.
Camisa mais vendida
O Criciúma vê com entusiasmo a aceitação da sua nova terceira camisa pela torcida. A Carvoeira ruma, segundo Remor, para ser a camisa mais vendida da história do clube. "Queremos transformar essa camisa na camisa mais vendida da história do Criciúma, estamos com meta de 3 mil unidades. Ela foi pé quente, estreou com vitória, um sucesso absoluto", referiu, lembrando a vitória do último sábado, 15, 3 a 1 sobre o Boa Esporte pela série C. "Nosso diretor de futebol estava em contato com dirigentes no interior de Minas Gerais, e ele falou da camisa Carvoeira, um sucesso absoluto", reforçou.
O Tigre volta a campo pela Série C na próxima segunda-feira, 24, em casa, contra o São Bento. O Criciúma divide com o Volta Redonda a vice-liderança do Grupo B com quatro pontos.
Ouça a entrevista do diretor do Criciúma no podcast: