Começou nessa segunda-feira, 05, em todo o país a campanha contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos de idade. Em Criciúma a procura no primeiro dia já foi considerada boa pela vigilância epidemiológica.
"Já houve uma procura já que os pais acompanharam através da mídia a convocação. Lembramos que as crianças não estão na escola e não conseguimos mandar aquele famosos bilhete, por isso a imprensa vem nos auxiliando muito", afirmou Kelly Barp Zanette, do setor de Imunização da prefeitura de Criciúma, em entrevista ao programa Ponto Final dessa segunda-feira, 05.
A cidade tem 46 salas de vacinação que ficam abertas de segunda a sexta-feira das 8hs às 17hs. A unidade central não fecha ao meio dia.
"Pais procurem uma unidade e não esqueçam de levar a caderneta. São duas gotinhas que salvam vidas. Uma criança vacinada protege toda a família pois evita que circule o vírus. E também se houver falta de alguma vacina atualizaremos a caderneta", reforça Kelly.
Por fim Kely ainda ressalta a importância dos cuidados durante a pandemia. "Orientamos que vá apenas um acompanhante da criança e do adolescente para evitar aglomeração. Claro que todas as medidas de higiene, como o uso de máscara e álcool em gel devem ser mantidas."
A campanha contra a Poliomielite vai até o dia 30 de outubro em postos de saúde de todo o país. No sábado, 17, a vacinação será reforçada com o dia de mobilização nacional.
Doença
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.
Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.