O secretário de Articulação Internacional de Santa Catarina, Paulo Roberto Bornhausen, detalhou o projeto "Inova Região" durante entrevista à rádio Som Maior nesta quinta-feira (31). Sob coordenação do governo estadual, o projeto visa fomentar o protagonismo regional em diversas áreas, com cada região do Estado determinando as prioridades e iniciativas de desenvolvimento. "É um modelo de autogestão, onde o governo apoia as escolhas feitas localmente", afirmou Bornhausen, reforçando que a proposta busca dar mais autonomia às regiões, para que possam definir seu futuro com base em suas necessidades.
O projeto "Inova Região" é uma expansão de iniciativas que Bornhausen liderou anteriormente na região da AMFRI, em Itajaí, onde o modelo teve sucesso com a implementação de ônibus elétricos intermunicipais e de sistemas de BRT. Agora, o objetivo é replicar e adaptar esse modelo para outras regiões de Santa Catarina. Segundo o secretário, o programa permite que as associações de prefeitos e a sociedade civil se unam para identificar áreas de investimento prioritárias, como mobilidade urbana, resiliência climática ou turismo regional. "As regiões de Santa Catarina sempre foram protagonistas em seu desenvolvimento, e essa é uma forma de retomar esse protagonismo", destacou.
Bornhausen revelou que o governador Jorginho Mello já autorizou o início do projeto em outras regiões e que o primeiro trimestre de 2025 será voltado a reuniões com os novos prefeitos para explicar e estruturar a iniciativa. A ideia é que cada região selecione até três áreas de foco para o desenvolvimento, com apoio técnico e financeiro, incluindo parcerias com instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano. “Nós queremos que cada região assuma as rédeas de seu desenvolvimento", explicou.
O secretário também ressaltou o compromisso de iniciar o projeto pela região Sul de Santa Catarina, atendendo a um pedido da prefeita de Adalvani e do prefeito Vaguinho. A expectativa é que as primeiras ações na região sul comecem no início de 2025. "Essas iniciativas locais, decididas em parceria com a comunidade, podem ser um divisor de águas para o desenvolvimento regional", concluiu Bornhausen.