Criciúma está seguindo os passos do sistema de transporte público de Curitiba (PR), que é referência no mundo todo. Segundo o Consórcio Criciumense de Transporte Urbano (CriBus), a cidade busca aprimorar seu sistema, priorizando eficiência e inteligência para atender às crescentes demandas dos criciumenses.
Atualmente cerca de 40 a 50 mil pessoas utilizam os ônibus em Criciúma. Segundo o advogado da Cribus, Anderson Nazario, o serviço atende bem a população, mas tem a necessidade de mais estrutura.
"Agora o que tem que se utilizar um pouco mais é a inteligência e eficiência do transporte, aproveitando melhor as rotas, os horários... É uma função da prefeitura fazer essa implementação e a determinação das rotas e horários que o município tem que executar", ressaltou.
Para o advogado, a atenção nos horários de pico é fator essencial para um bom transporte público. "Alguns momentos precisa de uma adequação da frota, porque existem surpresas no dia a dia. Por isso que existem, inclusive, veículos de reserva, que dependendo da notação, são liberados dos terminais para complementar essa demanda surpresa", explicou.
Segundo Ronaldo Benedet, secretário municipal de Obras, o principal problema do transporte público em Criciúma é a falta de passageiros. "Os ônibus estão lotados porque tem menos quantidade, não porque tem mais gente usando, a pessoa hoje passa a não utilizar mais o serviço porque não se sente confortável, não tem qualidade. Para voltar a ser atrativo precisa se investir em estudos e equipes técnicas para haver evolução", apontou.
Para Gentil Francisco da União das Associações de Bairros (UABC), a falta de segurança é um dos fatores que precarizam o transporte público em Criciúma. "Temos cachorros mordendo pessoas, gente passando de bicicleta e de carro nos terminais. Tem gente que tem medo, até assalto nos ônibus estão acontecendo", explicou.
O usuário de ônibus, Gabriel Vieira, acredita que o serviço deveria ser mais valorizado, "O transporte coletivo precisa ficar mais atrativo, em uma cidade que cresce cada vez mais é necessário melhorar a qualidade do serviço para resolver diversas questões como o engarrafamento", ressaltou.
Segundo Gabriel, em horários de pico, como na ida para as faculdades, o transporte público não comporta a demanda, "Às vezes o estudante acaba perdendo o horário da aula porque sai às 6 horas do serviço, não consegue entrar no amarelinho, porque fica muito lotado. Então, eu acho que algumas coisas precisam ser revistas, a qualidade de serviço, de fato diminui cada vez mais", pontuou.
No Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, uma mesa redonda debateu o tema do transporte público de Criciúma. Ouça a entrevista completa: