Em Criciúma, o sobrenome Freitas é sinônimo de empreendedorismo. A motivação empresarial vem passando de geração para geração na família, de Diomício a Dilor e, agora, com João Paulo, que segue trabalhando em grandes projetos para a região serrana e do sul de Santa Catarina.
O que poderia ser um peso, segundo João Paulo, é na verdade uma lembrança que serve como inspiração; “Temos muito orgulho de fazer parte dessa trajetória da família, e pretendemos fazer a nossa parte com criatividade sempre, com desejo de deixar também algum empreendimento que seja inspirador pelas regiões”, pontuou.
O empreendedor ressalta que desde cedo recebeu uma educação voltada ao trabalho. Na época de idealização da Cecrisa, enquanto ainda era criança, João acompanhava seu pai nas pesquisas de argila cerâmica, e esteve presente desde a escolha do terreno baldio aos primeiros “pilares” da obra.
E a trajetória empresarial acabou começando cedo na vida de João. “Eu sempre estagiava enquanto estudava, mas comecei a trabalhar oficialmente na Cecrisa enquanto fazia faculdade de Administração lá em São Paulo. Estudava de noite e durante o dia trabalhava na filial, que compreendia não só a parte de promoção e vendas como também toda a parte de receita e cobrança”, pontuou.
Foi assim o primeiro passo dentro de João Paulo Freitas dentro da Cecrisa. Depois vieram diversos cargos, do administrativo ao financeiro, do departamento de exportação ao executivo, trabalhando nos momentos difíceis e trabalhando para o crescimento da empresa.
A decisão de empreender, inclusive, começou cedo. “Aos 18 anos sentei na frente do meu pai e disse: estou decidido, vou tocar esse negócio”, relembrou João Paulo.
Investindo na Serra Catarinense
Se Dilor Freitas foi visionário ao criar na Serra Catarinense a vinícola Villa Francioni, João Paulo foi ainda mais além ao explorar a paixão pelo vinho na região. Em 2013, o empreendedor começou a trabalhar no projeto da Thera, que busca integrar três pilares em um único empreendimento.
“Veio o desejo de criar um novo marco inspirador na região. A partir dos vinhedos da Villa Francioni, fomos procurar um meio de criar um novo projeto que fosse um marco referencial de inspiração para região, um marco nacional”, pontuou. “Isso baseado em um tripé de vinho, arte e natureza. Arte, inclusive, que é um dos gostos herdados do pai. Então construímos esse master plan em respeito a paisagem e natureza”, completou.
A ideia é trabalhar o amor pelos vinhos na Serra Catarinense na mesma medida que integra esse fator ao turismo baseado na natureza da região. Por fim, toda essa experiência deverá culminar ainda em um residencial - a cereja do bolo de um grande projeto.