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Júri de denunciado por matar menina de cinco anos em atentado motivado por vingança é adiado

Menina foi a única vítima fatal da emboscada armada

Por Redação Tubarão, SC, 27/01/2022 - 16:54 Atualizado em 27/01/2022 - 16:58
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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O julgamento do último dos cinco denunciados pela morte de uma menina em uma emboscada motivada por vingança e disputa pelo tráfico local no Morro do Caeté/Caixa em Tubarão foi adiado para o dia 24 de fevereiro a pedido da defesa. Cleiton Stanck Silveira é réu em ação penal pública pelo homicídio qualificado da criança - que tinha 5 anos quando foi assassinada - e por três tentativas de homicídio qualificado praticadas contra o adolescente e duas mulheres que estavam no carro alvejado durante o atentado. Na mesma ação penal ele também responde por corrupção de menor. O réu será julgado pelo Tribunal do Júri da Comaraca de Tubarão. A sessão de julgamento estava marcada incialmente para esta quinta-feira (27/1). 

Os crimes ocorreram em maio de 2014, e outros três denunciados que atuaram com Cleiton já foram condenados. Cleiton foi processado depois deles e só será julgado agora por ter conseguido fugir e se manter foragido por aproximadamente cinco anos. 

A morte da menina causou revolta na opinião pública de Tubarão, à época, pois os acusados alvejaram o veículo onde estava o adolescente que pretendiam matar sabendo que havia outras pessoas com ele no veículo, inclusive a criança, que era filha de uma das passageiras e do suposto chefe do grupo rival, que não estava com as vítimas. 

Cleiton planejou a morte do adolescente e a emboscada para cometer o crime motivado pela vingança. Para atrair a vítima, ele persuadiu uma outra adolescente a criar um perfil falso em uma rede social se passando por uma garota que estaria interessada na vítima. O adolescente seria morto para que Cleiton demonstrasse poder e se vingasse pela morte de um outro integrante de seu grupo que teria sido assassinado pela facção rival, comandada pelo pai da menina.

O adolescente acreditou que a garota era real e marcou um encontro com ela. A emboscada estava correndo como Cleiton e o seu grupo imaginavam. No local do encontro, porém, o adolescente chegou acompanhado. Mesmo assim, os autores da armadilha não recuaram e, segundo as apurações, ainda teriam decidido que seguiriam com o plano e matariam os demais ocupantes do carro.

O veículo foi alvejado pelo menos sete vezes. O adolescente foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu. A menina foi atingida também por dois disparos, mas um dos projéteis acertou a sua cabeça e ela morreu na hora.

Cleiton e os demais comparsas foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emboscada) e três tentativas de homicídio, com as mesmas qualificadoras, além de corrupção de menor, por terem utilizado outra adolescente para ajudá-los nos crimes - três foram condenados por todos os crimes.

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