O presidente da Cooperativa Aliança, de Içara, Reginaldo de Jesus, o Dedê, pode voltar à função após um mês afastado, a pedido da Justiça, em virtude das investigações da Operação Iluminado, deflagradas em 16 de maio deste ano. O juiz Rodrigo Barreto indeferiu o pedido da Polícia Civil de Santa Catarina que previa o afastamento do empresário, por mais 60 dias, do cargo.
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O pedido da Polícia Civil teve como argumentos a pendente análise da maioria dos elementos de prova apreendidos; indícios de desvio de valores da Cooperaliança pelo investigado, através da irregular cessão de materiais, especialmente postes para rede elétrica; e indícios de recebimento de propina e de compra de votos para eleição para presidência do Conselho de Administração da Cooperaliança de 2023.
O juiz, no despacho, afirma que não há nos autos a demonstração e quantificação concreta dos atos de desvio de valores monetários da Cooperaliança, manobras contábeis fraudulentas, nem indicação precisa do montante desviado. No entanto, não se olvida que os elementos de informação angariados até o momento apontam a possibilidade de prática dos delitos citados pela Autoridade Policial.
"Certo que não se pode decretar cautelar tão restritiva da liberdade e afastar o investigado indefinidamente de suas funções sem que haja fundamentação concreta indicando a necessidade e adequação da medida", diz um trecho do despacho assinado por Rodrigo Barreto.
Veja o despacho na íntegra:
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