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Mães querem posição do Estado em relação a escolha de não enviar filhos às aulas

Movimento quer garantir que crianças possam continuar com as aulas remotas enquanto não houver vacina

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 16/08/2020 - 10:52 Atualizado em 16/08/2020 - 10:55
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Um grupo de mães, pais e professores de toda Santa Catarina vem se unindo nas duas últimas semanas para debater o retorno das aulas no estado, em meio a pandemia do novo coronavírus. O movimento, intitulado de Lute como uma Mãe, tem como objetivo garantir uma posição do Governo de SC em relação a possibilidade de escolha das mães em poder enviar ou não os seus filhos para as aulas durante a pandemia.

A idealizadora do grupo, Carol De Luca, afirma que a ideia de se unir para falar sobre veio após uma declaração do Secretário de Educação do Estado, Natalino Uggioni, que disse que não será opcional aos pais ou responsáveis mandar os filhos para o retorno das aulas presenciais. O depoimento foi dado à Rádio Cidade, no final do mês passado, em que Uggioni afirma ser uma exceção os casos em que as crianças possuam comorbidades.

“Queremos ser ouvidas pelo governador, o secretário de Saúde ou de Educação. Queremos chamar atenção para essas pessoas que vão dar a canetada se as aulas voltarão ou não. O que queremos é uma tranquilidade, uma declaração firme do Estado de que, quando as aulas retornarem em meio à pandemia, poderemos escolher em enviar os nossos filhos às aulas presenciais ou continuar com as atividades online”, disse Carol.

Inicialmente, o retorno presencial das aulas em Santa Catarina está previsto para acontecer no dia 8 de setembro. A data já foi adiada inúmeras vezes, em decorrência do aumento do número de casos e mortes por Covid-19 no estado. A preocupação das mães, segundo Carol, é de que as aulas voltem enquanto as regiões continuem em risco gravíssimo ou quando tiver uma pequena baixa no número de casos, mas que ainda não haja uma vacina.

“Esse é um movimento por amor, amor aos filhos. Nós, mães e responsáveis, queremos a tranqulidade de manter nossos filhos em segurança enquanto ainda não houver uma vacina para o coronavírus. Ainda há a questão de que, por mais que muitas crianças não sejam afetadas, elas podem transmitir para muitos pais e avôs que são do grupo de risco, ou até mesmo os professores que estão trabalhando muito e terão que voltar presencialmente”, declarou Carol.

Jornalista e mãe de dois filhos, Sabrina Pereira afirma não ter lógica enviar os filhos às escolas em meio a uma pandemia sem vacina de segurança, enquanto em qualquer matrícula escolar é preciso estar com as vacinas em dia. Sabrina ainda ressalta que não há como garantir o distanciamento das crianças e jovens na escola.

“A preocupação é em questão a distância. As crianças não conseguirão manter distância, nem criança e nem adolescente, porque eles têm a necessidade do contato físico. Criança brinca, troca lanche, troca brinquedo e troca até máscara se bobear. O jovem vai querer ficar, abraçar, eles também fazem isso”, citou.

A jornalista ainda ressalta que o movimento busca fazer uma pressão pública para que as mães tenham representações nos conselhos que decidem sobre a volta obrigatória ou não das aulas presenciais durante a pandemia. “Entendemos que a forma principal é realizando pressão pública para que se mantenha as aulas à distância, até existir a vacina”, disse.

A advogada Heloísa Pagani também integra o movimento prestando ajuda legal e voluntária em relação ao direito dos responsáveis. "A orientação que venho dado para as mães é de que, enquanto houver pandemia, elas não são obrigadas a ecaminhar os filhos", pontuou. Caso o Estado venha a tornar obrigatório o retorno presencial, Heloísa não descarta a possibilidade de levar o conteúdo ao Ministério Público. "Acredito que o MP faria alguma ação para não prejudicar as crianças", ressaltou.

Carol ainda destaca que os pais ou responsáveis que gostarem de participar do debate, podem enviar uma mensagem no instagram @caroldeluccaescritora.

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