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Mais estabelecimentos podem estar envolvidos no comércio de carne de cavalo

Delegado atualizou as informações sobre a Operação Hefesto

Por Vítor Filomeno Criciúma, SC, 21/10/2021 - 09:10 Atualizado em 21/10/2021 - 09:26
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Em entrevista ao programa Primeiras do Dia desta quinta-feira, 21, o delegado Ulisses Gabriel, da Polícia Civil de Morro da Fumaça, atualizou as informações da Operação Hefesto. Segundo ele, há a possibilidade de mais estabelecimentos comerciais estarem envolvidos na compra de carne imprópria para o consumo. A confirmação disso só vai ser possível a partir da recuperação de dados apagados dos celulares dos investigados já presos. A operação foi deflagrada no dia 16 de setembro e é resultado de duas investigações anteriores, que tratavam de tráfico de drogas, receptação de gado furtado, venda de medicações falsificadas, furto de gado, organização criminosa, entre outros.

“Nós identificamos nove pessoas ligadas a esse grupo criminoso e foi decretada a prisão preventiva de outros sete que estavam em liberdade, familiares do proprietário do CTG [Herança do Velho Pai], inclusive ele. Além disso, nós identificamos possíveis práticas de outros crimes, como a usura pecuniária e a lavagem de dinheiro. Nós estamos quase concluindo o inquérito que envolve o comércio de armas e munições, a prática de venda de remédios falsificados para veterinários e há a receptação e furto de gado”, afirmou Ulisses.

Segundo o delegado, as principais prisões já foram feitas. Além disso, as negociações de carne imprópria foram identificadas ao longo da investigação. “Se houver a confirmação de que o estabelecimento disponibilizou essa carne imprópria para o consumidor, ele pode responder por crime contra o consumidor e por expor produto impróprio para consumo, sendo a pena é de dois a cinco anos, além de multa”, garantiu ele.

Na primeira fase da Operação Hefesto, foram feitas cinco prisões, duas por tráfico e associação para o tráfico, uma terceira prisão por desacato e outras duas por ter em depósito carne imprópria para o consumo destinada para comercialização e também organização criminosa. Também foram apreendidos vários celulares, documentos e quase meia tonelada de carne imprópria para o consumo. Estabelecimentos em Morro da Fumaça, Criciúma, Içara e Laguna estão na mira da Polícia nessa investigação.

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