Um fenômeno curioso marcou o amanhecer desta sexta-feira, 4, que é nublada em Criciúma e no sul catarinense. Fez 13 graus em Criciúma e 16 em Urupema, na Serra, lugar onde são registradas, via de regra, as temperaturas mais baixas de Santa Catarina.
"É, o ar frio está mais concentrado no litoral sul. Chama a atenção essa diferença, e amanhã vai continuar assim. No domingo começa a empatar e na segunda já deve estar mais frio na Serra que aqui", pontuou o climatologista Márcio Sônego, em sua previsão da manhã desta sexta na Rádio Som Maior.
"Ocorre que o tempo está encoberto em todo o litoral desde o Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro. O ar frio está concentrado no Oceano Atlântico, isso joga a umidade do mar contra o continente, como temos o Costão da Serra como um paredão, ele tranca a umidade que vem do Oceano, por isso essa neblina que, na verdade, é uma garoa", afirmou Sônego.
É garoa
"Não é cerração, é garoa baixa", apontou o climatologista, para definir a baixa visibilidade do início desta sexta na região. "Temos vento sul preponderando hoje, com máximas de 18 graus. O céu está encoberto, não é neblina de sol baixo, é de chuvisqueiro mesmo. O sol mal aparece hoje", detalhou. A garoa vai parar no começo da tarde.
O fim de semana e o feriadão serão nublados. Talvez o sol apareça um pouco na tarde desta sexta. "O sábado começa assim, nublado, chove no fim da tarde. No domingo tem chuva mais forte na região. A segunda, feriado, será com tempo fechado e na terça teremos poucas aberturas de sol", frisou. "Pouco sol e não tem calor. Máxima hoje de 18, amanhã de 19 e domingo de 20 graus", emendou Sônego.
A chuva
Uma pancada forte de chuva em alguns pontos da região chamou a atenção na tarde desta quinta-feira, 3. "Foi bem localizada, choveu 18mm em Urussanga, 13mm em Jaguaruna e zero em Criciúma e Forquilhinha. Uma chuva muito irregular", disse.
A notícia é boa quanto à precipitação para quem trabalha com a agricultura. "O pessoal que está em fase de retomada de plantio, teremos um acumulado de mais de 50mm em dez dias, o que é muito bom para a adubação de lavouras", completou.
E o calor?
Questionado por ouvinte da Som Maior sobre a volta do calor, Sônego lembrou que, sob efeitos do La Niña, estamos diante da perspectiva de demora da chegada da estação quente. "Talvez só para novembro, dezembro", referiu. "Setembro é historicamente o mês no qual o sol menos aparece, e assim deve ser de novo em 2020", arrematou.