Dois homens foram condenados em uma sessão do Tribunal do Júri nesta quinta-feira (8) em Criciúma, pela prática dos crimes de homicídio duplamente qualificado e corrupção de menores. Os réus são o mandante e o executor de uma morte registrada em 2015. Em novembro daquele ano, um homem foi morto com 16 tiros.
Segundo o delegado André Milanese, a investigação foi realizada pela Divisão de Homicídios da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. A vítima, de 17 anos, foi Moisés de Melo Luiz, que foi assassinado a tiros no bairro Cristo Redentor no dia 11 de novembro de 2015
O mandante do crime, apontado como um dos líderes de uma facção criminosa com atuação na região, recebeu pena de 20 anos e cinco meses de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado e corrupção de menores, já que houve participação de um adolescente na empreitada criminosa. O executor, que também era integrante da facção, teve pena fixada em 13 anos pela prática dos mesmos dois crimes.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e sustentada pela Promotoria no júri, no dia dos fatos, um dos réus, acompanhado de um adolescente, chegou de motocicleta no bairro onde a vítima residia. Ao se aproximarem do homem, que caminhava em uma via pública, dispararam 16 vezes, causando as lesões que levaram à morte da vítima.
Das qualificadoras
O crime foi cometido por motivo torpe, já que os réus agiram por vingança em razão de questões de disciplina interna da organização criminosa que integravam. Conforme as investigações, o homem foi morto porque teria se envolvido com a namorada de um faccionado.
Também ficou configurado o recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o homem foi surpreendido pela chegada repentina dos executores, que rapidamente efetuaram os inúmeros disparos.
Colaboração: Coordenadoria de Comunicação Social - Correspondente Regional em Criciúma