O dia primeiro de dezembro de 2018 foi de alegria para o time do Maracajá. A equipe conquistou o título de campeão da Segunda Divisão do Campeonato Regional da Liga Atlética do Regional Mineira (Larm). Só que a euforia pelo troféu e o retorno à Primeira Divisão pode durar pouco. Acontece que, o segundo colocado, o Ouro Negro, de Forquilhinha, que perdeu o campeonato e, consequentemente, a vaga no divisão principal, vai à Comissão Disciplinar da Larm pedir para o resultado ser revisto. O motivo? A escalação irregular de um jogador do Maracajá.
A alegação da equipe forquilhinhense é de que o meia-atacante Maurício falsificou a sua assinatura no primeiro jogo da final, quando o resultado foi de 2 a 1 para o Maracajá. “Sabíamos que ele tinha dois cartões amarelos. No meio do jogo ele tomou o terceiro. Então, automaticamente ele deveria estar suspenso para a segunda partida. Mas quando teve o confronto da volta, ele entrou em campo e estranhamos”, disse o diretor do Ouro Negro, Rafael Schulter.
“Quando fomos olhar a súmula do primeiro jogo, vimos que ele tinha assinado como Jhonatan, que é outro jogador do Maracajá, que inclusive entrou na primeira partida como Maurício. Eles trocaram de nome”, acrescentou. A indignação vai ainda mais longe. O meia-atacante interferiu diretamente no resultado, marcando um gol em cada uma das partidas. No jogo de volta, o placar acabou em 2 a 2, determinando o título ao Maracajá.
“Acionamos um advogado e ele já está dando encaminhamento ao assunto. Esperamos resolver ainda neste ano, se for possível. Assim entramos no ano que vem focados na primeira divisão”, acrescentou.
Ainda sem data para o julgamento
As provas estão reunidas e serão encaminhadas para a Comissão Disciplinar da Larm. “Temos vídeo do jogo. No primeiro o Maurício jogou com a camiseta 23, no segundo, com a 17. Ele também fez uma publicação na rede social dele comemorando os gols em ambas as partidas”, apontou Schulter.
A Larm ainda não definiu quando o assunto será abordado na Comissão pelo procurador Evaldo Zechner. Nem mesmo a possível punição, caso seja comprovada a irregularidade, está definida pela liga. “É um caso muito específico. Nunca tivemos uma situação assim antes. Precisamos ver com calma. Precisamos ver se houve má intenção do Maracajá, se foi um erro da equipe. Tudo isso pode pesar na decisão que será definida. A Comissão Disciplinar vai tratar o caso e depois marcar o julgamento”, afirmou o presidente da Larm, Emerson Lodetti. A reportagem tentou contato com o Maracajá, mas não foi atendida.