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Medo ou tranquilidade? Qual a reação do criciumense ao coronavírus?

Reportagem foi às ruas e ouviu dez pedestres para saber como a população encara a possibilidade de epidemia do coronavírus

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 13/03/2020 - 14:06 Atualizado em 13/03/2020 - 14:56
Foto: Heitor Araujo
Foto: Heitor Araujo

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Dados do Ministério da Saúde apontam que há 77 casos confirmados de coronavírus no Brasil. Levantamento feito pelo G1 indica que, somados os casos confirmados pelas secretarias estaduais, há 151 - dois deles em Florianópolis, a 207 quilômetros de distância. Nesta sexta-feira, o prefeito Clésio Salvaro afirmou que a epidemia deve chegar à cidade, mas não há motivos para pânico. O médico infectologista Raphael Elias Farias disse que 80% dos casos do coronavírus são leves e menos de 20% necessitam de internação; os sintomas são os mesmos de uma gripe normal, apesar de taxa mais alta de contágio e de maior mortalidade entre os idosos - chega a 18% nas pessoas acima de 80 anos. A reportagem foi às ruas de Criciúma para saber como a população está reagindo ao coronavírus.

Foram feitas três perguntas para dez pessoas que circulavam a pé pelas ruas do Centro da cidade: "você tem medo de pegar o coronavírus", "quais medidas preventivas você toma" e "você considera um risco real do coronavírus chegar à cidade? Como você reage a isso?".

As respostas se dividem entre tranquilidade e leves temores; há quem alegue que já não usa mais as mãos para abrir as portas e que não sairá mais de casa caso venha a se confirmar algum caso do vírus na cidade. As atitudes de higiene como lavar as mãos e usar álcool gel são frequentes e é consenso entre os entrevistados de que a epidemia chegará à cidade. Confira as respostas.

Sinara Sorato, 25 anos

"Tenho medo de pegar como qualquer vírus. Passo álcool gel umas três vezes por dia. É uma situação preocupante, mas tenho esperança de que a ciência vá ajudar como sempre ajudou". 

Caubi da Silva, 62 anos

"Tenho medo, com certeza. Tomo o máximo possível de medida de higiene, comecei a cumprimentar os amigos com o cotovelo e abro a porta do edifício com os pés. Com certeza chega aqui e a coisa vai ser bem grave, quando chegar eu não saio mais de casa".

Caroline Motta, 17 anos

"Tenho medo de pegar o vírus, sim. Cuido de lavar as mãos, não ficar perto de pessoas que estão tossindo e nem em ambientes muito fechados. É um perigo real porque já virou epidemia mundial então pode chegar em qualquer lugar".

Adson da Silva, 48 anos

"Por enquanto não tenho medo de contrair. Tomo atitudes normais, trabalho com táxi, sigo tudo normal na rotina. Acho que vai chegar em Criciúma, mas não com a intensidade que tá aí fora, vai complicar quando esfriar".

Edeni Pizeti, 78 anos

"Não tenho medo de ser infectada, a gente nessa idade se cuida, eu ando sempre prevenida, com água e toalha dentro da bolsa. Tenho uma tosse e já está medicada, não é nada... Tenho pena doa jovens que têm a vida pela frente. O vírus chega à cidade, é uma epidemia, com certeza chega... Na época que eu era nova tinha o sarampo, dava em todos os filhos pequenos, diziam que mata, mas sabendo se cuidar não tem problema

Airton Constantino, 65 anos

"Não pensei muito nisso... Medo de ser infectado sim, mas não chega a ser relevante por enquanto. Sigo o normal de higiene, não chegamos a ponto de fazer diferente. Não tenho medo de que ele massifique aqui, torço para que não seja uma epidemia grave".

Cristine Cshaukuski, 25

"Medo de pegar não, mas se pegar pegou. Lavo as mãos e uso o álcool gel 70% e evito ambiente fechado, na escola que trabalho deixo as janelas bem abertas. Acho que não demora a chegar a Criciúma".

Derival Cshaukuski, 57 anos

"A gente cuida, mas medo de contrair não tenho porque na nossa região não apareceu nada de muito significativo. Lavo bem as mãos, evito ficar em ambientes fechados. Acho que chega a Criciúma e pra mim é um vírus praticamente normal, como o h1n1".

William Cardoso, 18 anos

"Tenho medo de pegar, é bem complicado. Uso bastante álcool gel, principalmente no serviço, lá eles obrigam a gente a usar porque mexe com alimento. Ele vai chegar a Criciúma, está vindo".

Claudete da Silva, 46 anos

"Com certeza tenho medo. Uso muito álcool gel e higienizo a casa. Com certeza vai chegar na cidade, encaro com medo... É que nem H1N1, logo que chegou a gente ficou apavorada, mas aí acharam a vacina , esse aí, o coronavírus, tá complicado por enquanto".

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