A segunda-feira, 24, marcou o retorno do transporte coletivo urbano em Criciúma. No primeiro dia, o volume de passageiros foi de 4.670 passageiros, quando o normal do sistema criciumense é transportar em torno de 35 mil pessoas por dia, conforme o presidente da ACTU, Everton Trento. A quantidade desta terça-feira, 25, as empresas terão na manhã desta quarta-feira, 26. “Ontem (segunda-feira), tivemos 4.670 passageiros, acreditamos que hoje (terça-feira) um pouco mais. Esta evolução vai ser gradativa. Isso é 10% do normal. As pessoas precisam se locomover e como ficamos este período neste vai e vem, elas acharam outras alternativas e vão retornar pela segurança, porque não sabemos se na sexta-feira o governador vai proibir de novo. Estamos há 120 dias sem faturar nada. Além de não ter o faturamento, mantêm folha de pagamento, óleo diesel, encargos”, comentou Trento em entrevista ao Programa Ponto Final, da Rádio Som Maior.
Ele reforçou ainda que as empresas estão cumprindo as exigências na íntegra. “Estamos cumprindo rigorosamente os decretos do Estado e da Prefeitura. Todos os veículos têm álcool gel. Todas as empresas tiveram que fazer adaptações. Estamos cumprindo a risca”, salientou.
Trento ainda falou da situação dos trabalhadores. “Há 10, 15 dias venceram aquelas suspensões de contato e conforme foi acabando, ocorreram as demissões Com esta gangorra, nãos e consegue manter todos os funcionários, então ocorre a diminuição do quadro, não só aqui, mas em várias cidades”, disse.
O presidente da ACTU voltou a criticar a paralisação do transporte. “Ficou parado por 120 dias e a pandemia aumentou. Isso caracteriza que o transporte regular não é o culpado. No transporte clandestino que pode ser o foco. Nós acreditamos que é o transporte regular, com todas as exigências sendo cumpridas com todas as medidas sendo tomadas”, salientou.
Prejuízos
Trento também comentou sobre os prejuízos ocasionados pela paralisação. “Estamos trabalhando, pedindo em Brasília, mas não estamos conseguindo, para tirar as gratuidades. O que impacta na tarifa são as gratuidades. Se estas pessoas são transportadas e não pagam, alguém paga, e isso é transferido para o trabalhador. Que tenha uma fonte de receita para cobrir isso. As pessoas fazem política dando gratuidade, mas não dão fonte de renda. E aquele que mais precisa que é o trabalhador, acaba pagando. O impacto de hoje não tenho como responder se vai entrar na tarifa, mas eu acredito que não, porque senão o sistema vai se tornar inviável. Quem tem que responder isso é quem parou o sistema do transporte que é o Estado”, finalizou.