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Menos dos Mais Médicos na região

Três profissionais do programa deixaram Içara. Há problemas também em Siderópolis, Rincão e Morro da Fumaça

Por Bruna Borges Içara, SC, 26/02/2019 - 09:08
Jaqueline dos Santos, secretária de Saúde de Içara / Foto: Arquivo / A Tribuna
Jaqueline dos Santos, secretária de Saúde de Içara / Foto: Arquivo / A Tribuna

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Quando os médicos cubanos foram obrigados a deixar o programa federal Mais Médicos, no ano passado, Içara foi a cidade da região que mais sofreu, já que perdeu nove profissionais. O novo edital foi aberto pelo Ministério da Saúde, brasileiros se inscreveram e, em dezembro, as vagas foram preenchidas. Mas neste mês de fevereiro, três deles abandonaram o programa. 

Os três profissionais de saída entraram em editais diferentes do programa, um deles estava há mais de um ano, outro há pouco mais de três meses e o terceiro ficou aproximadamente 30 dias. Segundo a secretária de Saúde de Içara, Jaqueline dos Santos, são casos de médicos que foram aprovados em programas de residência e que deixarão a região. Eles atuavam nas unidades dos bairros Presidente Vargas, Jardim Elizabete e Vila Nova. 

“Agora, nós comunicamos o Ministério da Saúde para que eles façam a reposição dessas vagas. Não temos certeza sobre quanto tempo vai demorar, porque é o governo que faz a reposição”, explica Jaqueline. 

“Nós tivemos o caso de uma desistência que foi reposta em dez dias, mas foi o caso de um médico que desistiu antes mesmo de começar, lá no primeiro edital, então não temos como saber o quanto vai demorar agora. Também era outro governo naquela época, agora tudo mudou”, comenta a secretária. 

Situação se repete

Içara não é a única cidade da região que registrou desistências no programa. Segundo o gerente regional de Saúde de Criciúma, Fernando de Fáveri, Siderópolis e Balneário Rincão estão com uma vaga aberta cada. Já Morro da Fumaça aguarda por uma reposição do programa desde fevereiro do ano passado. 

Para integrar o Mais Médicos, os profissionais recebem salário de pouco mais de R$ 11 mil, pago pelo Governo Federal. O Município arca com uma ajuda de custo para alimentação e moradia aos que são de outras cidades. 

As desistências ocorrem, em sua maioria, porque os médicos são recém-formados e seguem para programas de residência médica ou porque recebem melhores oportunidades. “Como as residências são aprovadas sempre em janeiro, nós acreditamos que até janeiro do ano que vem não tenhamos mais desistência”, pontua Jaqueline. 

Soluções são buscadas

Enquanto as três vagas não são preenchidas, Içara busca soluções para não prejudicar o atendimento à população. “Nós temos algumas unidades que possuem mais de um médico atuando e, nesse período, eles atenderão nas unidades que ficaram sem médico. Não vamos ficar sem médico em nenhuma unidade”, garante a secretária. 

Também é estudada a possibilidade de fazer uma contratação emergencial para esse período de vacância. “O setor jurídico está analisando a viabilidade de fazer uma contratação de emergência para a unidade do Bairro Presidente Vargas, porque lá já tem um médico, mas a demanda é imensa. Então, até que a vaga do Mais Médicos seja reposta, nós queremos fazer essa contratação para não prejudicar o atendimento”, relata Jaqueline. 

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