Na tarde desta quinta-feira, 24, moradores do município de Maracajá, estiveram no Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), em Criciúma, levando o seu posicionamento e descontentamento com a extração de minérios no morro Maracajá e a circulação de caminhões realizados pelas mineradoras.
Durante a reunião a presidente do Instituto socioambiental Maracajá, Selma Fernandes Silveira Aguiar, apresentou dados sobre o recolhimento do CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que em 10 anos de extração retornou aos cofres públicos menos de 500 mil reais, ao passo que o parque ecológico de Maracajá em apenas 5 anos arrecadou quase 600 mil reais. Preservar o ambiente é mais lucrativo que explorar a área, concluiu a presidente do Instituto socioambiental Maracajá.
“A parte norte do morro Maracajá, preserva-se uma área de mata Atlântica, onde podemos explorar o turismo no local gerando mais ganhos ao município”, relatou Selma Fernandes Silveira Aguiar.
Outro ponto tratado na reunião foi o transporte do minério. Apenas uma mineradora faz circular diariamente cerca de 200 caminhões na área central do município. Moradores juntamente com as mineradoras e prefeitura municipal estudam a mudança da roda.
O gerente do IMA, tenente-coronel André Luiz Dias de Mello, fez questão de receber os moradores. “Após ouvir as demandas da população, percebemos que algumas reclamações colocadas durante a sessão são de competência de outros órgãos, como ANM e Prefeitura Municipal. Ao que couber ao IMA, procederemos uma vistoria a fim de checar se as condicionantes das licenças estão sendo atendidas. Coloco o IMA a disposição dos moradores e peço que encaminhe aos demais órgãos as demandas aqui expostas”, destacou André Luiz.