O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) começou há 20 anos com o intuito de medir o nível de conhecimento dos alunos que terminaram o Ensino Médio, mas, com o decorrer dos anos, a prova foi assumindo novas funções.
Ao longo de sua história, o ENEM já foi usado para o ingresso em universidades públicas - pelo SiSU (Sistema de Seleção Unificada) - e particulares, para programas de bolsa de estudo, como o ProUni (Programa Universidade para Todos), para financiamento escolar por meio do Fies (Programa de Financiamento Estudantil), para oportunidades de intercâmbio de estudos fora do Brasil - pelo Ciências Sem Fronteiras - e até como Certificado de Conclusão do Ensino Médio para o EJA (Educação de Jovens e Adultos).
As diversas oportunidades aumentaram gradativamente a adesão à prova. Em 1998, no primeiro ano de aplicação, foram aproximadamente 157 mil inscritos e, no ano passado, mais de 6,5 milhões de alunos se cadastraram para realizar o exame. No início, cerca de 90 instituições usavam a classificação da prova como critério de seleção e, hoje, são por volta de 500.
O modelo das questões também sofreu modificações. Antes, eram cobradas 63 questões objetivas e uma redação em apenas um dia. Em 2009, houve a expansão para 180 questões distribuídas em dois dias. Atualmente, expandiu-se o tempo de duração em meia hora e, ao invés de dois dias seguidos, a prova é aplicada com uma semana de intervalo, ou seja, em domingos consecutivos.