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No Rio Maina, a solidariedade em um cesto com calçados

Lojista seleciona alguns pares e coloca à disposição de quem precisa

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 23/03/2022 - 09:25 Atualizado em 23/03/2022 - 09:26
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Uma iniciativa diferente chama a atenção defronte a uma tradicional loja de calçados no Rio Maina. Um cesto com cerca de 60 pares ali está, desde o começo da semana, servindo aos necessitados que passam e precisam de algo para calçar. 

"A gente sempre faz, nos finais de ano, alguma ação com produtos que não vendem, que estão há bastante tempo na loja, e distribuímos para igrejas, entidades, para que distribuam às famílias necessitadas", contou o lojista José Plácido Filho, que idealizou a ação. "Mesmo com essa distribuição, estavam indo muitas pessoas carentes na loja pedindo calçados. Daí tivemos a ideia de separar esses produtos de ponta de estoque, mais antigos, que dê para usar e possa apresentar algum defeitinho mas que não comprometa o uso", referiu.

O cesto está ali, com calçados dos mais diversos, chamando a atenção para quem precisa. "Fizemos o cesto na frente da loja e colocamos o cartaz. Se a pessoa precisa e não pode comprar, que leve. E está dando certo, muitas pessoas carentes", observou.

Até quem não precisa pega

Mas Plácido chamou a atenção de quem não precisa, para que não pegue os calçados. "Outras não tão carentes também aparecem. Ontem foi uma moça lá, pegou um par de tênis, colocou no pé, saiu, abriu o carro, colocou o tênis atrás no carro e saiu. Infelizmente isso sempre tem", lamentou. Mas nem isso fará ele esmorecer. "Acho que estamos favorecendo bastante as pessoas realmente carentes. Com essa crise está difícil para todo mundo, e conseguimos assim ajudar algumas famílias que não tem condições de estar comprando seus calçados", comentou.

Para o comerciante, é importante dar um retorno à comunidade do Rio Maina. "Temos loja no Rio Maina faz 30 anos. Eu sempre digo que a gente tem que retribuir para a comunidade tudo o que eles fizeram por nós. Essa é a alegria, poder retribuir", afirmou. 

O processo não é tão simples. É preciso fazer a seleção no estoque, dar baixa em cada calçado separado e fazer uma nota de doação. E esse fluxo é constante, para manter o cesto de doações sempre abastecido. "Começamos essa semana, fomos preparando na semana passada. Eu tenho que dar saída em todo esse produto, tenho que anotar as referências para tirar uma nota de doação para poder colocar nesse cesto. Dá um pouco de trabalho até separar, levar, dar saída no sistema e fazer a nota de doação", detalhou.

Plácido calcula que já foram doados, por essa ação, cerca de 30 pares desde o começo da semana. "E vamos continuar por tempo indeterminado, enquanto tivermos estoque para isso", destacou. Plácido garantiu que outras ações, de doações para igrejas, entidades e até para o Bairro da Juventude, terão sequência. "Continuamos doando para igrejas e entidades, a gente vai separando durante o ano, faz uma caixa, duas, no ano passado doamos mais de 200 pares para o Bairro da Juventude", arrematou.

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