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O caso da criança estuprada: CNBB condena aborto

"Diante dessa situação, o mínimo que podemos fazer é nos colocar em alerta para salvar nossas crianças”, afirmou dom Ricardo Hoepers

Por Redação Florianópolis, SC, 18/08/2020 - 16:25 Atualizado em 18/08/2020 - 16:35
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“Diante dessa situação, o mínimo que podemos fazer é nos colocar em alerta para salvar nossas crianças”, afirmou dom Ricardo Hoepers, presidente da CNBB, em entrevista à Rede Aparecida de Rádio. Ele utilizou a frase para comentar o posicionamento da Igreja diante do caso da menina que sofreu abuso sexual dentro de casa, acabou engravidando e depois teve a interrupção da gestação autorizada pela justiça. O bispo de Rio Grande  e presidente da  CNBB ressaltou  a importância de unir família, Igreja e sociedade na proteção das crianças contra abusos sexuais. Dom Ricardo também defendeu a posição da Igreja em salvar as duas vidas. “Tínhamos condições de manter as duas vidas. Essa é a posição da Igreja”, disse o bispo. Dom Ricardo lamentou que o poder público tenha oferecido como única opção o aborto. “É esta sociedade que nós queremos construir?”, questionou.

Sobre a necessidade de ações e prevenção dos abusos, dom Ricardo falou em trabalho conjunto: “Nós temos que lembrar que a maioria dos abusos são dentro de casa. E isso torna nossas crianças vulneráveis. Então, sim, temos que ajudar aos pais a alertarem as crianças, conversarem sobre o assunto e de fato ajudarem as crianças até a se defenderem nesse sentido. Mas também temos que mobilizar professores para ver os sinais das crianças nas escolas, às vezes sinais de depressão, de tristeza, de isolamento e tantos outros sinais que uma criança pode começar a demonstrar, como agressividade. Por traz disso pode ter um abusador dentro de casa. Nós temos que colaborar para que os catequistas estejam atentos a isso, colaborar para que a sociedade toda, que tem que se mobilizar em torno desse cuidado, dessa salvaguarda dos nossos pequeninos“, afirmou.

Dom Ricardo também destacou outros pontos. Ele iniciou dizendo que trata-se de “uma realidade dolorosa, impactante” e que gera revolta: “quem de nós não ficou revoltado ao ter a notícia de que desde os seis anos praticamente essa menina vinha sendo abusada pelo tio. Isso é de uma revolta tremenda, é um sentimento que é difícil até de expressar”.

Mas chamou a todos para uma reflexão racional: “não só ouvir o coração, que vai nos levar à raiva, ao ódio, mas também a razão, que vai nos ajudar a dar os passos de humanização desse processo. Por isso, como presidente da Comissão Vida e Família, eu entendo que nós precisamos ponderar todas as dimensões”.

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