Para reforçar a importância do professor Antônio Milioli Filho para a história da Unesc, o corpo do ex-reitor ontem falecido está sendo velado no Auditório Ruy Hülse. É a primeira vez que uma despedida fúnebre ocorre no espaço voltado aos debates e eventos acadêmicos, dos quais Toninho sempre participou ativamente nos vários anos em que esteve envolvido com a rotina universitária.
Toninho lutava contra um câncer. Em entrevista à Rádio Som Maior em junho do ano passado ele falou abertamente do problema. "É uma doença que é silenciosa, não dói, e aparece do nada, como foi no meu caso. Quando eu verifiquei tinha um linfoma com 17cm e o único remédio era a quimioterapia", contou. Ele participava do Programa Adelor Lessa especial dos 50 anos da Universidade.
Depois, ele teve uma leve melhora mas a doença retornou com força. Toninho estava em Florianópolis nesta semana, de onde veio para passar o período de Páscoa em Criciúma. Acabou tendo seu estado agravado e, internado novamente no Hospital São José, não resistiu e faleceu na tarde deste sábado.
A Unesc decretou luto oficial de cinco dias. Toninho foi reitor de 2001 a 2009, e afastou-se das atividades da Universidade em 2012. Ele conviveu com a instituição desde 1971 na então Fucri, tendo participado intensamente do processo de transformação em Universidade. Sempre lembrou com orgulho que ajudou a redigir a carta consulta encaminhada ao Ministério da Educação e que resultou no aval para a fundação efetiva da Unesc atual.
Uma sessão solene do Conselho Universitário, convocada pela reitora Luciane Ceretta, ocorrerá às 14h. Em seguida, às 15h, uma cerimônia religiosa antecipará o sepultamento, marcado para 16h no Cemitério Municipal do Bairro São Luiz.
Toninho foi homenageado em vida pela Unesc, emprestando seu nome ao Centro Administrativo Toninho Milioli, no espaço onde funciona a reitoria.