Ele foi uma aposta do técnico Wilson Vaterkemper contra o Sport Recife. "Ele pediu para sair, estava cansado, mas deixamos ele em campo", revelou neste domingo, 11, após o 1 a 0. A persistência surgiu efeito, e coube a Foguinho anotar o gol da importante vitória, que quebrou um jejum de um mês, de cinco jogos na Série B, e de quebra tirou o Criciúma da zona de rebaixamento.
"A palavra hoje no Criciúma é trabalho, é dar sequência no nosso trabalho", afirmou o volante nesta segunda, mais à vontade depois do gol marcado, o primeiro em duas partidas com a camisa tricolor. "O grupo soube absorver críticas construtivas, e a gente trouxe isso de uma forma positiva. Todo mundo entendeu, a gente espera dar sequência, está todo mundo focado", referiu.
Para Foguinho, o grupo seguiu à risca o pedido do técnico interino ontem. "Intensidade. Foi o pedido do Wilsão, que o adversário sentisse o nosso time dentro de campo. Estava todo mundo no mesmo pensamento, na mesma pegada", destacou. Uma vitória emblemática para o momento do Criciúma. "Significou muita coisa. A gente fica feliz pelo desempenho na partida, pela vitória que a gente precisava tanto. Fico feliz pelo gol, é uma situação que a gente buscava tanto. Essa entrada na área, a gente buscava. Felizmente ontem saiu o gol", comemorou.
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O time entrou em campo pressionado. "A gente começou o jogo na lanterna do campeonato, isso trouxe uma pressão maior ainda. O grupo soube administrar dentro do jogo, de certa forma havia ansiedade, a gente sabia que o Sport era um adversário muito difícil. A gente conseguiu essa façanha de ganhar de uma equipe qualificada. Temos que continuar trabalhando", observou o volante.
Muita vibração no gol
Chamou a atenção a vibração de Foguinho no momento do gol. "Sempre foi uma característica minha, de vibração, de chamar a torcida para o jogo. A gente sabe que a torcida carvoeira apoia, a gente sentiu isso no jogo todo. Passa uma vibração, uma energia muito positiva, para a gente tirar um algo a mais", comentou. O volante entrou em campo com uma recomendação clara de Wilsão: variar. "Na verdade ele pediu uma variação pela direita com o Maicon, o Daniel Costa, que o Wesley viesse por dentro, para a gente triangular mais, ter posse de bola, criar situações de gol", confirmou. Fator que colaborou em outro detalhe do perfil de Foguinho, a busca ofensiva. "É uma característica minha, um volante que sempre procura dar suporte na frente. O volante procura ter a marcação, a transição, procuro aparecer na frente. Um belo cruzamento do Marlon e pude concluir no segundo pau", destacou.
Pelo pouco tempo de Criciúma, Foguinho reconheceu não ter condições de avaliar o peso da mudança, com a saída do técnico Gilson Kleina ocorrida há uma semana. "Não faz tanto que eu cheguei, mas não pude sentir diferença. O Kleina é um ótimo profissional, só ver o currículo. Ele me acolheu muito bem quando cheguei. Não há o que falar. Eram situações nos jogos que eram em detalhes que a gente estava perdendo, detalhes que estavam nos custando caro", argumentou.
Passado o primeiro gol, o volante reconhece que vem sendo alvo de inúmeras brincadeiras, que tiram proveito do seu apelido. "Verdade. Eu ouço bastante, o Foguinho colocou fogo no jogo, acontece, não tem como, é o meu apelido", disse. "Bacana né, Foguinho incendiou a massa carvoeira, espero que essa parceria dê muito certo ainda", emendou. Foguinho não se fez de rogado, e ainda aposta alto no Criciúma. "Se Deus quiser vamos brigar no G-4", concluiu.
Depois do 1 a 0 contra o Sport, o Criciúma chegou a 16 pontos e está em décimo quinto lugar. O próximo compromisso tricolor será na sexta-feira, às 19h15min, fora de casa contra o Londrina.