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Organização criminosa que atuava de dentro dos presídios é desmantelada

Grupo contava com estruturas em Araranguá e Balneário Arroio do Silva, aponta DIC

Por Maira Rabassa Araranguá, SC, 27/12/2021 - 15:25 Atualizado em 27/12/2021 - 15:32
Foto: Divulgação
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A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, concluiu no início deste mês a investigação relacionada à organização criminosa que atuava na região sul catarinense. Foram indiciados 47 investigados, dos quais 19  já se encontram presos. 

A investigação teve início em janeiro de 2020, após o homicídio de um homem em Balneário Arroio do Silva, apontado como um dos líderes locais de uma organização criminosa com atuação em toda Santa Catarina. “A facção investigada atua dentro e fora das unidades prisionais catarinenses e possui estruturas locais de organização em vários municípios de Santa Catarina, entre eles Araranguá e Balneário Arroio do Silva”, revela o delegado Jair Duarte, da DIC de Araranguá.

Tráfico, tortura e homicídios

As diligências foram realizadas ao longo de 18 meses, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e análise de objetos e documentos apreendidos na posse dos investigados. As investigações identificaram a participação dos integrantes da organização criminosa em crimes como tráfico de drogas, tortura, corrupção de menores, porte de arma e homicídios, ocorridos no Vale do Araranguá. 

“A Polícia Civil acredita que pelo menos 11 execuções praticadas entre o final de 2019 e início de 2021 tenham sido praticadas em nossa região envolvendo membros do grupo investigado. Alguns inquéritos desses homicídios já foram concluídos com indiciamento e outros estão em investigação”, destaca o delegado da DIC.

Líderes da organização

Entre os quase 50 indiciados, o Inquérito Policial identificou 17 suspeitos que ocuparam ou ocupam papel de liderança dentro da organização criminosa. “Entre esses líderes, pelo menos duas mulheres ocuparam cargos à frente da facção em toda a região Sul do Estado e até em nível estadual”, aponta Duarte. 

O grupo também é acusado de envolver adolescentes nas práticas criminosas. Um procedimento específico para apurar a atuação de uma menor foi instaurado pela DIC. Já o inquérito policial concluído foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.

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