Os caminhões no Centro. O problema está de volta

Plena tarde desta terça-feira, 18, e um caminhão com mais de dez toneladas trafegando na Avenida Centenário. "Não pode, é fora da regra", adverte o gerente de Operações da Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT), Paulo Borges. O caminhão estava, até por volta das 15h, em uma das laterais do Terminal Central, na pista do sentido Centro-Pinheirinho. "Estava uma confusão aqui. Pararam esse caminhão e a fiscalização esteve aqui", confirmou uma lojista da vizinhança. O caminhão foi escoltado por uma viatura da DTT e pela Polícia Militar para fazer o caminho de saída do perímetro central.

Casos como esse vêm sendo recorrentes em Criciúma. "Tem motoristas que reclamam do GPS, que são de fora e que o GPS leva eles para ruas onde não pode. Mas há as placas, eles precisam respeitar as placas que indicam que caminhões com dez toneladas ou mais não podem entrar em determinadas áreas da cidade", reforçou.

O mesmo caminhão havia causado transtorno minutos antes ao ingressar nas ruas Rui Barbosa e Coronel Pedro Benedet.

A DTT precisou, inclusive, fechar o tráfego da Rua Marcos Rovaris, no sentido do Centro, por alguns minutos, para que fosse possível monitorar o tráfego do veículo pesado, que fez o contorno até retornar à Rua Marechal Deodoro e avançar em direção à Centenário.

No caso desse caminhão, que acabou enveredando pela Rui Barbosa e Pedro Benedet, acabaram sendo causados danos na esquina dessas vias, defronte à Praça Nereu Ramos. O caminhoneiro foi notificado por conta disso.

É permitido circular com caminhões até os setores das ruas Goiás (Próspera), Antônio Justi (Anel Viário, no Universitário) e Avenida Assembleia de Deus (no Bairro Cidade Mineira). "Dessas vias em direção à área central, é proibido, não pode", sublinho Borges. "Quando encontramos caminhões em áreas irregulares, avisamos, explicamos, conversamos. Tem casos de reincidências, daí esses caminhoneiros estarão sujeitos a multas", lembrou.

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Uma região onde tem havido constantes reclamações é a do Bairro Pio Corrêa. "Na Rua Léo Lombardi, por exemplo, tem caminhões acima do peso passando à noite. Fizemos de tudo, daí um dia deixamos a guarnição e houve multas, daí resolvemos o problema por um tempo", contou o gerente. "Nas madrugadas temos visto caminhões acima do peso em ruas centrais também. Eles danificam as vias públicas, estragam muros e calçadas. Na região do Marista, tem patrimônio rachado por caminhão que passa ali", comentou. 

Uma empresa que costuma atrair caminhões na área urbana é a JBS, no Bairro São Luiz. "Mas ali já tem um caminho para os caminhões, que eles respeitam. E naquela região tem oficina de conserto de caminhões, daí a orientação é que eles vão até a oficina sem carga, como tem acontecido", frisou.

Sobre a Centenário, Borges reforça que os caminhões estão proibidos de trafegar no trecho entre os terminais da Próspera e do Pinheirinho.