Os números do Hospital São José

A direção do Hospital São José se reuniu ontem com a imprensa e apresentou seus números mais atualizados, além dos seus projetos, tanto os em andamento quanto os planejados. Uma das novidades anunciadas é o lançamento do Portal da Transparência, que deve estar no ar até outubro. 

Nessa página, estarão dispostos dados financeiros, de atendimentos e todas as estatísticas referentes à unidade. Informações como a quantidade de funcionários, que hoje são 1.247, médicos (250) e residentes (46) serão inseridos para acompanhamento da comunidade. O paciente também poderá saber que, atualmente, 73% dos atendimentos no Pronto Socorro são para moradores de Criciúma, contra 27% de outros municípios. 

Outro dado explanado no encontro foi sobre o índice de satisfação dos usuários. “A satisfação dos clientes do hospital está em 96% nos atendimentos particulares e 98% daqueles que são atendidos pelo SUS, mas buscamos sempre aumentar esse índice”, pontua o diretor administrativo, Laércio Regis Ferrari.

UPA ainda não reflete

Há dois meses em funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Próspera foi inaugurada com a intenção de desafogar o principal gargalo do Hospital São José: o Pronto Socorro. 

Mas, segundo o responsável pela controladoria do hospital, Cristiano Lazzarin, os números ainda não refletem a realidade idealizada. “A gente percebe que, em julho, no primeiro mês de funcionamento da UPA, a diferença foi pouca, quase nada mesmo. Em agosto, segundo mês, a queda nos atendimentos no nosso Pronto Socorro foi de 3%, o que ainda é muito pequeno. É uma queda, mas não é o que nós esperávamos”, relata Lazzarin.

Dívida negociada

Quem também participou do evento foi o presidente do Conselho Consultivo do São José, Sinésio Volpato, que ocupa simultaneamente o cargo de presidente do Observatório Social de Criciúma. Há pouco mais de um ano no conselho, Volpato destacou o trabalho dos conselheiros que resultou na negociação da dívida que os governos municipal e estadual têm com o São José. 

Dos aproximadamente R$ 30 milhões que formam o total dos valores em atraso, R$ 10 milhões são devidos pela Prefeitura e R$ 20 milhões pelo Governo do Estado. 
“A Prefeitura se comprometeu a começar a pagar esses R$ 10 milhões assim que o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina for estadualizado. O combinado é de que sejam pagos em torno de R$ 800 mil por mês”, afirma Volpato.

“Já dos R$ 20 milhões do Estado,     R$ 14 milhões está ajustado para que sejam quitados até março de 2019. Os outros R$ 6 milhões é o valor rotativo, que vai sempre sendo trabalhado e pago”, completa o presidente do conselho.