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Papa Francisco empossa Dom Leonardo Steiner e outros 19 cardeais

Nomeação ocorreu em maio

Felipe Pontes, Agência Brasil Brasília, DF, 27/08/2022 - 14:04 Atualizado em 27/08/2022 - 14:08
Foto: Guglielmo Mangiapane/ Reuters
Foto: Guglielmo Mangiapane/ Reuters

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O papa Francisco participou neste sábado (13), no Vaticano, da cerimônia de posse de 20 novos cardeais da Igreja Católica, dois dos quais são brasileiros: o arcebispo da Amazônia, Dom Leonardo Steiner, e o de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

O chamado Consistório Ordinário Público, reunião em que são empossados novos cardeais, foi realizado na Basílica de São Pedro, e pode ser visto na página da Santa Sé na internet. O consistório deste ano deve auxiliar o papa  na decisão sobre pedidos de canonização.

Com as posses, o Brasil passa a ter oito integrantes no Colégio Cardinalício, corpo responsável por tomar as principais decisões e, na prática, ocupar cargos e funções ativas na administração do Vaticano. Na última atualização, feita em 8 de agosto, constavam 206 cardeais na lista da Santa Sé, ainda sem incluir os empossados neste sábado.

Desses, 116 são eleitores, que dizer, possuem menos de 80 anos e participam do concílio para a escolha de novos papas, por exemplo, podendo votar e ser votados. Com os dois novos cardeais, o Brasil passa a contar com seis eleitores.

Em julho último, ao final de sua viagem ao Canadá, o papa Francisco revelou a possibilidade de que possa renunciar por causa de seu estado de saúde, embora não no curto prazo. O pontífice de 85 anos sente dores no joelho e dificuldades de mobilidade provocadas por outros problemas de saúde.

Brasileiros

Os cardeais brasileiros que tomaram posse hoje foram nomeados em maio. Franciscano assim como o papa, Dom Leonardo Steiner nasceu em Santa Catarina e já ocupou por duas vezes a direção geral do Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele foi nomeado arcebispo de Manaus em 2019 e agora torna-se o primeiro cardeal da região amazônica brasileira a tomar posse no Colégio Cardinalício. Sua nomeação era esperada em razão da a ênfase dada às questões ambientais durante o papado de Francisco.

“As comunidades da Amazonia são muito agradecidas, todas muito alegres por essa nomeação. Esse é um sentimento que eu carrego, de gratidão, não como uma questão pessoal, mas de estar a serviço da Igreja na Amazônia”, disse Steiner antes da posse à agência de notícias do Vaticano.

Dom Paulo Cezar Costa foi pároco de diversas cidades no interior do Rio de Janeiro, como Vassouras e Valença, e, em 2011, foi nomeado pelo papa como bispo-auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em 2013, ele foi diretor administrativo da Jornada Mundial da Juventude, no Rio. O cardeal se tornou bispo de São Carlos em 2016 e arcebispo de Brasília em 2020.

“O papa Francisco levou o cardinalato bem para a periferia do mundo, muitos lugares que nunca tinham visto cardeais, o papa Francisco nomeou cardeais. É aquilo que ele tem apontado no seu caminho para a Igreja. Ele quer uma Igreja que vá às periferias, humanas, existenciais, as periferias do mundo”, disse Dom Paulo Cezar Costa neste sábado, em entrevista à rádio do Vaticano.

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