“Para a polícia o furto não é um crime tão grave”. A fala é do delegado da Comarca de Içara, Rafael Marin Iasco, em entrevista ao Programa Adelor Lessa nesta terça-feira, 23. O assunto tratado foi em relação à prática de ladroagem em Balneário Rincão. Segundo a autoridade, trata-se de um fato que acontece o ano todo, porém os proprietários só identificam na pré-temporada de verão.
Quando um criminoso é investigado por furto, a Polícia Civil identifica o indivíduo e indica para a cadeia. No entanto, raramente o juiz recomenda prisão preventiva. “Mas isso incomoda a população, ou seja, o proprietário também precisa frequentar a residência, quanto mais dificultar um furto, melhor”, destacou o delegado.
Questionado por Lessa sobre o aumento de furtos na cidade litorânea, Marin afirmou que os números continuam estáveis e semelhantes desde 2013. “O que acontece é que as pessoas ficam mais de seis meses sem visitar suas casas, não vão nem pra cortar uma grama e quando chegam no local, se deparam com arrombamentos e itens roubados”, destacou.
Para o delegado, é necessário que os donos das residências façam visitas periódicas, contratem serviços de segurança ou criem uma rede de vizinhos. Além disso, quando uma pessoa serve como testemunha, além de ligar e efetuar a denúncia, a orientação é que se dirija até a delegacia e assine legalmente. “A segurança é dever do Estado mas a população também precisa colaborar, muitas vezes a testemunha nem se presta a ajudar dizendo que não quer se envolver”, completa.
Ouça a entrevista completa na íntegra: