O Figueirense vem de eliminação contra o Luverdense. O Criciúma, de classificação diante do Oeste. Eis a vantagem recente, via Copa do Brasil, que o Tigre carrega para o confronto deste domingo, na rodada que abre o returno da primeira fase do Campeonato Catarinense. De resto, a balança pende para os alvinegros.
“Nós não podemos ficar fora do G-4 de um Catarinense”. A lembrança do goleiro Luiz vem carregada de um preocupante alerta. “É, não ganhamos clássico esse ano”, recorda. Verdade. O Criciúma perdeu em casa para o Figueirense e fora contra Chapecoense, Avaí e Joinville. “Isso está pegando bastante”, reconhece.
Separados por nove pontos na tabela, os times vivem realidades absolutamente distintas no Estadual. O Figueirense, líder, está invicto, com seus 18 pontos. O Criciúma, sexto com nove, tem apenas três de vantagem para a zona de rebaixamento. Mas o confronto deste domingo no Orlando Scarpelli – outra das várias vantagens do Figueira – pode ser um divisor de águas. “Depois, teremos três jogos em casa. É a chance de fazer nove pontos contra Hercílio Luz, Marcílio Dias e Chapecoense, chegar no G-4 e pensar na semifinal”, calcula.
Astral positivo
Foi em clima mais leve a reapresentação desta sexta-feira, após a dramática passagem à terceira fase da Copa do Brasil. “A gente não pode agora deixar a empolgação levar e chegar no dia do jogo e ser surpreendidos por nós mesmos”, adverte Luiz. Por isso, o apronto da manhã deste sábado não deve representar maiores surpresas.
É bem provável que o técnico Doriva mantenha a base do time que jogou na quarta. Maicon joga na lateral. Ele saiu por cansaço contra o Oeste, mas está em condições. De mais a mais, o reserva, Carlos Eduardo, cumpre suspensão, depois da expulsão no domingo passado em Joinville. O atacante Ceará, recuperado de desconforto muscular, está à disposição.
Eliminação pesou
Mistério total no Figueirense. O técnico Hemerson Maria define o time no treino deste sábado. O zagueiro Alemão, que se recupera de lesão, segue fora. A tendência, a exemplo do Tigre, é de repetição da equipe que atuou e, no caso alvinegro, foi desclassificada da Copa do Brasil.
“Segue a luta. Estamos tristes, chateados, era uma competição que a gente via com bons olhos”, aponta o volante Zé Antônio. “Precisamos virar a chave. A gente defende a liderança, é mais um clássico”, emenda. “Estamos defendendo o título. Queremos ficar em primeiro ou segundo para decidir em casa”, completa o treinador. “O clima de tristeza não pode virar depressão”, conclui.
Figueirense – Denis, Kauê, Ruan Renato, Pereira e Matheus Destro, Zé Antônio, Patrick e Betinho, Alípio, William Popp e Matheus Lucas – Técnico: Hemerson Maria
Criciúma – Luiz, Maicon, Federico Platero, Sandro e Marlon, Zé Augusto, Eduardo e Daniel Costa, Reis, Julimar e Andrew – Técnico: Doriva
Arbitragem – Rafael Traci, com Kléber Lúcio Gil e Thiago Americano Labes.
Local – Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Quando – Hoje, às 17h.