De acordo com a nova pesquisa do Instituto do Meio Ambiente (IMA), referente à semana do dia 9 a 13, dos 237 pontos analisados no Litoral catarinense, 121 estão próprios para banho no estado, o que representa 51,05%. O resultado mostra uma melhora em relação ao monitoramento da semana anterior, que apontava 47,68% de pontos em condições próprias para mergulho. Em Florianópolis, dos 87 pontos analisados, 41 estão adequados para os banhistas, o que representa 47,13%.
O monitoramento é feito em 27 municípios litorâneos em mais de 100 praias e balneários do Sul ao Norte, compondo as cidades de: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.
Sobre a pesquisa
De acordo com as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente, é responsabilidade dos órgãos de controle ambiental, a aplicação das análises hídricas e a divulgação das condições de balneabilidade das águas brasileiras. Em Santa Catarina, o IMA é o órgão responsável por esse trabalho e emite boletins periódicos sobre a condição das praias no estado.
A pesquisa de Balneabilidade é um trabalho feito sistematicamente pelo IMA desde 1976, seguindo os critérios da Resolução Conama 274/2000, e tem como parâmetro a Escherichia coli, bactéria encontrada no sistema digestivo dos animais de sangue quente.
Os técnicos fazem as coletas da água do mar a até um metro de profundidade, na quantidade de 100 mililitros em cada ponto. O material coletado é submetido a exames bacteriológicos durante 24 horas. São necessárias cinco semanas consecutivas de coleta para se obter um resultado tecnicamente confiável.
Para as análises são levados em consideração aspectos como condições de maré, incidência pluviométrica nas últimas 24 horas no local, a temperatura da amostra e do ar no momento da coleta (parâmetro físico) e a imediata condução para a pesquisa em crescimento bacteriano.
O parâmetro indicador básico para a classificação das praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de coliformes fecais, e diversos são os fatores que condicionam a presença de esgotos nas praias como: a existência de sistemas de coleta e disposição dos despejos domésticos gerados nas proximidades do local; moradias sem tratamento de esgoto; existência de córregos afluindo ao mar; fisiografia da praia; ocorrência de chuvas; condições de maré, entre outros.
A água é considerada Própria quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros, e Imprópria quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas, no mesmo local, for superior que 800 Escherichia coli por 100 mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.
As informações apresentadas no monitoramento da balneabilidade têm o objetivo de auxiliar os gestores municipais na área de saneamento básico, na tomada de decisões sustentáveis e em relação à necessidade de se investir em ações voltadas ao esgotamento sanitário, sejam elas estruturais ou estruturantes, preventivas ou corretivas.
Confira o oitavo relatório de balneabilidade da temporada AQUI.