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Pesquisa gera e transmite conhecimento sobre biodiversidade no estado

Estudos têm sido realizados principalmente em uma das áreas mais importantes da Mata Atlântica no Estado

Por Redação Florianópolis, SC, 04/02/2021 - 19:23
Foto: Divulgação
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A descoberta de uma planta cujo nome homenageia Demogorgon, o monstro da série Stranger Things; a descrição de uma espécie de fungo que já figura na lista de ameaçadas de extinção; o lançamento de dois livros voltados para o público geral; a realização de uma semana de ciência onde centenas de estudantes aprenderam sobre conservação da biodiversidade. Esses são alguns resultados alcançados em menos de dois anos pelo Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – Biodiversidade de Santa Catarina (PELD-BISC), formado por um grupo de instituições e pesquisadores que fazem estudos sistemáticos sobre ecologia desde 2013. E que continuarão pesquisando pelo menos até 2024.

Os estudos têm sido realizados principalmente em uma das áreas mais importantes da Mata Atlântica no Estado: o Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), localizado na Serra Catarinense. Essa unidade de conservação federal apresenta características ecológicas únicas devido à sua topografia, ao histórico de uso da terra e à diversidade de ecossistemas.

“Estamos formando pesquisadores e aumentando nosso conhecimento sobre a biodiversidade”, afirma Selvino Neckel de Oliveira, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do projeto. “E estamos buscando interagir com as comunidades para mostrar as nossas descobertas. Elas são nossas aliadas para a preservação ambiental.” 

O projeto catarinense iniciou oficialmente em 2018, após ser aprovado em um edital PELD lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) é signatária do programa.

O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, destaca a importância da realização de pesquisas de longa duração em Santa Catarina, especialmente ligadas ao estudo da biodiversidade. “Com isso, podemos avaliar o impacto de mudanças climáticas e identificar novas espécies. Esse é um projeto muito importante não só para o nosso Estado, mas para o Brasil. Temos acompanhado de perto os resultados e os impactos dessa pesquisa”, afirma. 

Em 2020, o PELD-BISC foi selecionado em novo edital, garantindo que as pesquisas continuem até 2024. A maioria das instituições e dos pesquisadores, porém, atua em conjunto desde 2013, após serem selecionados para participar do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Descobertas

Desde então os pesquisadores têm realizado diversos estudos. Foram descritas novas espécies de fungos, insetos e plantas. Também foram registrados, por meio de armadilhas fotográficas espalhadas pelos ecossistemas, animais emblemáticos da fauna brasileira, como o puma ou onça-parda (Puma concolor) e o veado-catingueiro (Mazama gouazoupira). O monitoramento contínuo da biodiversidade gera uma grande base de dados, importante, por exemplo, para avaliar os impactos das mudanças climáticas. 

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