Criciúma fará parte do maior levantamento sobre saúde bucal do país no fim deste mês. A cidade foi um dos 422 municípios escolhidos para a coleta de dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal SB Brasil. A realização do censo estava prevista para 2020, mas devido a pandemia, foi adiada.
Esta é a terceira edição do SB Brasil e o quinto grande levantamento nacional sobre o perfil epidemiológico da saúde bucal da população. Nesta edição, o estudo proposto pelo Ministério da Saúde, feito em parceria com universidades federais, terá uma amostra de 50.800 pessoas avaliadas em todo território nacional.
Segundo o residente em Atenção Básica e responsável pela área técnica de saúde bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Cristian da Silva Serpa, o estudo tem o objetivo de avaliar o progresso e identificar as principais necessidades odontológicas dos brasileiros.
"O censo trouxe muitas melhorias para a rede de atenção de saúde. Com o primeiro levantamento notou-se, por exemplo, a necessidade de criar os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e o programa Brasil Sorridente, proporcionando mais acesso à saúde bucal para a população", explicou.
Os locais em que a pesquisa será realizada são chamados de "setores censitários", e são definidos pelo Ministério da Saúde. Em Criciúma, esse setor inclui a área do Centro Social Urbano, na Próspera, até a região do bairro Nossa Senhora da Salete.
Serpa explica que o estudo é divido em três fases. Na primeira, iniciada há uma semana, a equipe de campo, composta por três dentistas e agentes comunitários, visita o setor censitário para fazer reconhecimento da área e identificar casas, apartamentos e comércios.
Na segunda fase, a equipe faz o levantamento de quantos moradores cada imóvel possui e qual a faixa etária deles, pois o censo avalia crianças, adultos e idosos. Além disso, os profissionais, que estarão devidamente identificados, conversarão com eles e explicarão como será realizada a entrevista e o exame. Esse processo deve ocorrer a partir de segunda-feira (18).
Na terceira fase, que deve iniciar até a primeira semana de agosto, a equipe visita moradores para realizar uma entrevista de coleta de dados sociodemográficos e socioeconômicos, além de fazer a avaliação da condição bucal. O procedimento é instruído por um formulário do Ministério.
De acordo com Serpa, o novo censo quando comparado com o levantamento realizado em 2010, deve trazer um reflexo das melhorias da área. "Acredito que vai mostrar como a odontologia passou de curativa para ser preventiva, promovendo cuidados bucais desde a primeira infância, para que as pessoas cresçam com a saúde bucal em dia", afirma.