Pode ser que de médico, artista e louco, todo mundo tenha um pouco. Para o Dr. Wilton Mendes Martins, otorrinolaringologista especializado em cirurgias plásticas no nariz, essa frase é, ao menos parcialmente, verdade.
É fácil identificar onde entra o médico. Ele se formou em 1991, e treinou para as cirurgias no nariz até 1996, durante sua residência médica na Santa Casa de Porto Alegre. “Lá tinha o equipamento necessário, fui pegando prática”, contou. Mas, onde entra a arte? E a parte louca do Dr. Wilton? Ele contou isso e muito mais sobre as cirurgias plásticas no Programa do Avesso desta quinta-feira (20).
Ouça o Programa do Avesso na íntegra:
“No momento da cirurgia, às vezes temos que improvisar, pensar em algo que combina com o que temos à disposição”, contou o profissional. É ai que entra a arte. “Ajuda a ter uma firmeza no desenho da face, comandar a mão para produzir o resultado que se busca”, relatou.
Tem gente que exagera
Segundo o médico, as cirurgias estéticas são mais buscadas por beleza do que por necessidade. “O Brasil é um dos campeões no procedimento. Procuram muito a estética da face e o nariz é um dos mais mexidos”, garante Martins.
A maioria das cirurgias estéticas da face é considerada rejuvenescedora, enquanto que a do nariz é a única que é chamada de embelezadora. “Muda muito a fisionomia da pessoa”, afirma. “Muda a estrutura do rosto, se deixar menor os olhos aparecem mais”, exemplifica o especialista.
O problema passa a existir quando o paciente acaba exagerando. “O pessoal não sabe quando parar. Acontece muito de gente que já tem o nariz bonito ainda procurar o procedimento”, expõe. Confira a entrevista completa no Do Avesso desta quinta-feira.