O quarto inquérito da Operação Hera que apurava as condutas de um diretor da prefeitura de Urussanga foi concluído. Ele é ex-vereador e foi afastado das funções e preso temporariamente na segunda-feira, 13. Além disso, foi alvo de busca e apreensão.
Conforme o delegado Ulisses Gabriel, pelo inquérito, foram identificados pelo menos quatro crimes de advocacia administrativa. Teria intervido em favor de três empresários em órgãos da prefeitura, tendo afirmado que o fiscal da Fundação Municipal do Meio Ambiente deveria receber “férias definitivas”. “Também interveio para vacinar a própria sobrinha contra a Covid-19. Outro indiciamento foi por peculato, em concurso com outra pessoa. O investigado desviou luvas cirúrgicas em prol de uma pessoa conhecida. Também foi indiciado por frustração do caráter competitivo de licitação e associação criminosa junto com dois empresários”, diz.
Um novo inquérito será instaurado para apurar indícios de fraude em licitações, a origem de cheques apreendidos e também citações em uma agenda como “caixinha do asfalto” e uma contabilidade que pode indicar “rachadinha” de salário.
A pena do peculato é de dois a 12 anos e multa, a da advocacia administrativa é de um a três meses, a da frustração do caráter competitivo de licitação de três a cinco anos e a de associação criminosa de um a três anos.
Diversos documentos que foram apreendidos estão sendo analisados.