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Pouca variedade nas merendas estaria ligada à falta de serventes em Criciúma

Segundo o Siserp, o problema não está em apenas uma escola, mas sim em toda a rede de ensino municipal

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 09/03/2022 - 06:45
Jucélia Vargas, presidente do Siserp / Arquivo / 4oito
Jucélia Vargas, presidente do Siserp / Arquivo / 4oito

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Veio à tona um problema envolvendo a rede municipal de ensino criciumense. Pais reclamam da falta de variedade oferecida durante a merenda escolar. “No café, é só bolacha seca”, expõe uma mãe. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos (Siserp), a situação está ligada ao número baixo de serventes contratadas para atuarem nas unidades, gerando, portanto, uma sobrecarga no trabalho. 

A situação é confirmada por Jhenifer Vieira de Jesus, mãe de duas crianças que frequentam a rede municipal de ensino. “O meu filho, de cinco anos, chega em casa e fala que de manhã foi só bolacha doce ou salgada. Quando eu entro na escola, inclusive, vejo que não é colocado nem um pratinho em cima das mesas. Não teve nem um dia que foi um pãozinho ou sucrilhos no café. No almoço, é minestra ou feijão, arroz e frango. Tem comida para as crianças não passarem fome, mas não tem variedade”, comenta. 

A preocupação de Jhenifer se estende a outras famílias, que contam com as refeições nas unidades escolares para saciar a fome dos seus filhos. “Para o meu menino, por exemplo, eu dou sempre café antes de ir, porque eu sei que vai ser só bolacha. Mas, provavelmente, tem muitos pais que não têm tantas condições e as crianças comem só na escola”, comenta a mãe. “Tem comida, todos os dias, só que de fato não tem variedade nenhuma”, complementa. 

Um indicativo que pode ser responsável pela situação é o déficit de servidores. “Eu sei que tem a falta de merendeiras, porque foi até a própria professora do meu filho que afirmou isso pra mim e disse que estava um caos. Pediram para nós reivindicarmos, porque estava a mesma pessoa precisando dar conta da merenda e da limpeza”, comenta Jhenifer.  

“Não é um caso isolado”

Segundo a presidente do Siserp, Jucélia Vargas, as reclamações são constantes. “Não é um caso isolado. É a realidade da rede municipal de Criciúma, que tem como fator primeiro a falta de serventes escolares. Esse é o principal motivo de se sentir a questão da merenda. Uma das escolas em que não foi possível oferecer todas as refeições, foi porque não tinha profissionais suficientes para fazer”, explica. “A questão de não ter variedade, é uma verdade. A gente sabe que isso é intencional do governo, porque eles querem terceirizar as cozinhas nas unidades”, acrescenta. 

Ainda conforme a representante, as escolas possuem os alimentos para as refeições, mas não há quem prepare. “Nós temos várias reclamações, primeiro por não ter um pãozinho, nem um doce ou uma manteiga, para dar às crianças. E, o ponto principal, é a falta de serventes e a sobrecarga das que estão atuando”, enfatiza Jucélia. “Além de estarem com o salário defasado, elas ainda têm que trabalhar muitas vezes fazendo o serviço de duas ou três”, completa. 

O assunto foi levado ao conhecimento do secretário de Educação do município, Miri Dagostim. A reportagem do portal 4oito tentou contato com o responsável pela pasta, no entanto, não obteve retorno até o fechamento desta matéria. 

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