Presos na operação em Urussanga já estão no presídio de Criciúma

Nesta segunda-feira, 13, os delegados da Polícia Civil, Ulisses Gabriel e Márcio Campos Neves, além do delegado regional Vitor Bianco Júnior, concederam uma entrevista coletiva, em que esclareceram os fatos da operação Hera, realizada na manhã de hoje, em Urussanga. Segundo o delegado Ulisses, as investigações começaram em junho de 2021, quando foi instalado um inquérito sobre acordos ilegais da Fundação do Meio Ambiente da cidade.

"Instalamos um inquérito policial baseado em algumas informações dando conta de que a Fundação Ambiental teria autorizado a realização de um empreendimento em desacordo com a lei ambiental e que um então vereador, hoje secretário da agricultura, teria realizado uma obra em uma propriedade particular, onde teria acontecido um crime ambiental. A fiscalização foi até o local e notificou. Porém, este procedimento administrativo que teria sido instaurado teria desaparecido da Fundação do Meio Ambiente", afirmou o delegado Ulisses.

As investigações revelaram que os valores desses contratos giram em torno de R$ 1 milhão e constataram possíveis práticas de crimes ambientais, peculato, advocacia administrativa, prevaricação, fraude em licitações, associação criminosa e corrupção passiva. Na operação de hoje, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em Urussanga, Cocal do Sul, Criciúma e Braço do Norte, resultando no afastamento de três vereadores urussanguenses, sendo que um deles foi preso por posse irregular de arma de fogo, e outras duas prisões temporárias. Os dois presos já se encontram no Presídio Regional de Criciúma.

"A Polícia Civil está em busca da verdade. Os delegados Ulisses e Márcio têm o nosso apoio total apoio e isso ficou demonstrado no grande número de policiais que a gente conseguiu encaminhar na operação, com 85 agentes", disse o delegado regional Vitor Bianco Júnior.