Na corrida para o desenvolvimento de vacina para o coronavírus diversas opções foram desenvolvidas. No momento o Brasil tem recebido duas, a Coronavac, do Instituto Butantan, e a vacina Astrazeneca, desenvolvida pela Oxford. Ambas possuem a necessidade de tomar duas doses da substância. Uma dúvida levantada nas últimas semanas é da possibilidade de que em cada aplicação seja utilizada uma das opções. Segundo informações do pneumologista Renato Matos, o recomendado é fazer uso da mesma vacina em ambas injeções.
No momento existe somente um estudo em adamento que trata sobre a associação da Oxford e Sputinik (a vacina russa). A escolha das duas opções em questão se dá por terem mecanismos de ação semelhante, mas ainda não existem resultados das pesquisa.
Segundo Renato, não houve registro de profissionais da saúde em Criciúma se recusando a tomar a vacina. Ele também relembrou que o objetivo é diminuir o número de casos, principalmente de casos graves, e projetou que no futuro vacinas mais eficazes devem ser produzidas.
Efetividade da vacina
O país com maior porcentagem da população vacinada até o momento é Israel. Quase 50% dos habitantes já receberam a substância. E segundo Renato, os resultados já estão sendo positivos "Eles perceberam, em um período de um pouco mais de trinta dias, 60% na redução de internação de pessoas a cima de 60 anos". O país usou lista de prioridades similar à utilizada no Brasil, que trazem profissionais de saúde e idosos como prioridade. A situação favorável demonstra que esse é o caminho para o retorno de uma rotina diária mais tranquila.
Variante P1
Manaus tem enfrentado mais um colapso no sistema de saúde. A situação chamou atenção de pesquisadores, pois inicialmente se acreditava em uma possível imunidade de rebanho na localidade, visto que 70% da população já havia sido infectada pelo coronavírus. O número imenso de casos e principalmente casos graves chamou a atenção de estudiosos que comprovaram se tratar de uma variante a partir da avaliação da característica genética do vírus. Essa variante foi denominada P1.
A P1, até onde os estudos apontam, tem maior poder de contágio e é mais agressiva ao organismo humano. O receio atual é da transmissão do vírus nos demais Estados brasileiros, visto que os mais de 500 pacientes que aguardam internação em Manaus estão sendo transferidos para outras localidades. Segundo Renato, Curitiba e Porto Alegre auxiliaram e já receberam pacientes de Manaus.
O receio da disseminação da variante amazônica não se restringe ao Brasil, outros países já decretaram o fechamento de fronteira para brasileiros, conforme informação passada por Renato Matos.