Identificar as oportunidades e os desafios para o crescimento das exportações do setor industrial de Santa Catarina. Este é o objetivo da pesquisa realizada pelo professor do curso de Ciências Econômicas e coordenador do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc, Thiago Fabris, apresentado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nesta semana. A pesquisa tem previsão de término em setembro deste ano.
A intenção é ainda, conforme ele, identificar mercados para fomentar esse crescimento. "Percebemos mercados potenciais, tanto aqueles consolidados, quanto os decadentes; identificamos os países onde os produtos do estado podem entrar e onde são mais competitivos do ponto de vista econômico, sempre analisando os fatores determinantes destes países e do estado", conta Fabris.
Segundo o levantamento, as exportações de Santa Catarina atingiram os US$14,38 bilhões em 2022, tendo como principal destino os Estados Unidos, seguido de China e Argentina. "Os produtos mais exportados pelo estado são aqueles relacionados às carnes, como aves e suínos, seguido de motores e geradores elétricos. Dentro da pesquisa, analisamos o índice de especialização exportadora, o índice de vantagem comparativa revelada destes produtos, trabalhamos ainda com modelos para identificar estes mercados, levando em consideração 19 variáveis", cita.
O professor Thiago Fabris foi um dos selecionados pelo Edital 09/2022, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que visa dar apoio à pesquisa aplicada sobre complexidade econômica, inovação e prioridades para o desenvolvimento do estado.
Conforme o economista da Fiesc, Pablo Bittencourt, o trabalho para identificação de mercados potenciais para exportações, ou seja, intensificar a internacionalização das empresas catarinenses é uma das prioridades da Fiesc. "Entendemos que a expansão de mercados relevantes para o crescimento industrial está no crescimento das exportações e isso não é algo que esteja profundamente enraizado nas empresas, pois existem grandes dogmas para serem quebrados e paradigmas a serem modificados nas estruturas empresariais. A identificação cientificamente balizada de mercados potenciais é um fundamento que aponta caminhos mais seguros para este processo estratégico para o desenvolvimento da indústria catarinense. Agradecemos o trabalho do professor Thiago, pelo qual percebemos que estamos no caminho", relata.