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Professor da Unesc participa de missão humanitária no Líbano

O médico já esteve, em fevereiro, atendendo refugiados sírios e, em julho, pretende ir para o Quênia

Por Redação Criciúma, SC, 04/05/2023 - 21:01
Foto: Renan Rosso/ Especial
Foto: Renan Rosso/ Especial

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O professor do curso de Medicina da Unesc, Luiz Carlos Custódio Fontana, está em mais uma missão especial de assistência humanitária, desta vez no Líbano. Composto por profissionais de diferentes áreas, o grupo de voluntários do qual Fontana faz parte embarcou na última semana ao Oriente Médio para prestar todo auxílio necessário aos refugiados da Síria, sendo a maioria crianças.

A missão, conforme o professor, vai durar pelo período de 12 dias com intenso trabalho da equipe composta por ele, cinco dentistas e mais sete pessoas que fazem parte do grupo.

"Ajudamos de todas as maneiras que podemos com atuação desde atendimento médico, odontológico, social, de educação a prática de esportes", conta o médico. De acordo com o professor, o intuito é dar atendimento aos refugiados que perderam pais na guerra, famílias que estão aos redores da Síria, entre outras situações. 

"Os principais problemas dos refugiados sírios são as carências nutricionais e problemas dentários", completa o profissional, que em fevereiro esteve em uma missão na Jordânia, também para atendimento a refugiados sírios e, em julho, se prepara para ir para o Quênia.

Além das consultas, o grupo, que está na cidade de Madjal Anjar, oferece cursos para os refugiados e aulas de futebol, inglês e computação para as crianças sírias, além de aulas de corte e costura para as mães. 

Emoção

Fontana conta ainda que no dia a dia muitos são os casos encontrados, o que os motiva para atuar ainda mais em prol dos refugiados. "A líder do campo perdeu 100 parentes no último terremoto na Síria. Em outro dia, por exemplo, atendemos também um treinador de goleiros de uma escolinha que foi espancado durante quatro meses porque não quis entrar para o 'exército'. Ele teve o pé e a mão quebrados e ficou amarrado por várias horas, mas conseguiu fugir", conta o médico.

"Todos são muito atenciosos e amorosos. Nós nos emocionamos muito e nos apegamos também. Muitos me dizem que sou luz para eles", comenta Fontana. "O dia mais triste é quando vamos embora", complementa.

Assistência

O trabalho é uma parceria com o Instituto UNA Brasil e com o projeto Winners, que iniciou há três anos na cidade de Anjar, que faz fronteira com o Leste da Síria. O Instituto oferece suporte na área médica e odontológica, enquanto que o outro tem o objetivo de dar amparo social aos refugiados sírios. A equipe é formada por voluntários e as ações são custeadas por meio de doações.

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