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Eleições 2022

Psicóloga explica como lidar com a ansiedade provocada pelas eleições

Neste domingo (30), milhares de catarinenses vão às urnas eleger novo presidente e governador

Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 29/10/2022 - 09:13 Atualizado em 29/10/2022 - 09:25
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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À medida que as eleições se aproximam, a ansiedade eleitoral também tem crescido. Neste domingo (30), milhares de brasileiros irão às urnas eleger o novo presidente da República e, alguns estados, o seu futuro governador, como é o caso de Santa Catarina. Por isso, neste contexto ansioso, a psicóloga Ananda Figueiredo explica como lidar com este momento decisivo. 

Conforme a profissional, a ansiedade provocada pelas eleições tem sido uma queixa corrente em sua escuta clínica. "Não tem sido fácil para aqueles que converso semanalmente sobreviver - e acho importante destacar este verbo - a essas últimas semanas de espera, angústia e aguardo por aquele que será o novo presidente da República. O que eu escuto todos os dias é que é muito medo, angústia. E há também uma sensação de estar muito sozinho. Com base naquela dúvida que tem morado em muitos de nós: será que eu deveria me manifestar?", salienta. 

O ambiente em que as pessoas estão inseridas tem total influência em como elas se sentem, segundo Ananda. "Na psicanálise, a gente entende que o laço social é absolutamente adoecedor. A depender de como nós estamos naquele determinado momento, de quais são as nossas dores, marcas, aquilo que a nossa história já trouxe como algo de mais sensível em nós mesmos. Quando estamos em alguns ambientes, essas marcas e angústias vão doer muito mais", explica. 

"Nós temos hoje, dadas as circunstâncias políticas, um coletivo de pessoas que transitam socialmente e adoecem, justamente, por aquilo que se apresenta socialmente para elas. Nós todos estamos um tando mais adoecidos. Seja literalmente, ou seja pelos nossos medos e angústias", afirma. "Ao mesmo tempo, se o ambiente social nos adoece, também pode ser um espaço de cura", completa Ananda.  

Desta forma, a recomendação da psicóloga é tentar se aproximar dos laços mais cuidados, isto é, estar próximo daqueles que pensam parecido. Ainda, outra orientação é se afastar de longas discussões políticas. 

"Pessoas que vão nos acolher nas nossas certezas e também nas nossas dúvidas que ainda assim nos levam a tomar decisão de voto. Talvez o laço social possa ser aquele colinho de mãe que nos proteja do medo que está ali fora", ressalta. 

Assistir bons filmes, bem como buscar atividades prazerosas que não necessariamente envolvam outras pessoas do convívio, também pode ajudar a diminuir a ansiedade eleitoral. "Buscar o que pode te 'alienar' provisóriamente de um modo que não te deixe refém das escolhas de outros. Uma alienação em tempo suficiente para não expor a estrutura psíquica a um sofrimento ainda maior", reforça Ananda. É dessa forma, destaca a profissional, que as pessoas podem se cuidar até o fim do dia do voto e a conclusão da apuração. 

"A partir disso, a gente vê o quão bem a gente vai estar ao final desta conta para decidir o que faremos na segunda-feira. Afinal, na segunda-feira, todos nós temos um dia de trabalho, ajudar nossos filhos a ir para escola, todos nós temos uma rotina. O quanto esta rotina colocada dentro de um horizonte político vai estar ou não alinhada aos nossos projetos e desejos, vamos descobrir no final de domingo. Até lá, que a gente consiga cuidar um pouquinho de nós mesmos", conclui. 

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