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Região não está incluída na primeira remessa de vacinas contra a dengue

Norte de SC concentra mais casos da doença e, por isso, tem prioridade

Por Renan Medeiros 02/02/2024 - 06:30 Atualizado em 02/02/2024 - 06:50
Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados
Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados

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Nenhum município do Sul Catarinense receberá doses da vacina contra a dengue. A primeira remessa prevê a distribuição para 521 cidades escolhidas pelo Governo Federal. Em Santa Catarina, 13 municípios do Norte do estado, região mais afetada pela doença, estão na lista.

As doses devem chegar na próxima semana a Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroeder. Os municípios foram selecionados pelo Ministério de Saúde, com base no número de casos da doença.

A previsão do Ministério da Saúde é que as doses adquiridas possam imunizar cerca de 3,2 milhões de pessoas ao longo de 2024. Neste ano, a explosão de casos foi agravada pelas mudanças climáticas e as altas temperaturas.

Quem será vacinado

Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, compõem o público-alvo da imunização. De janeiro de 2019 a novembro de 2023, segundo a Agência Brasil, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. 

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Municípios considerados infestados

No Sul de Santa Catarina, há sete cidades consideradas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti: Içara, Araranguá, Tubarão, Imbituba, Passo de Torres, São Ludgero e Sombrio. Os dados são do segundo informe epidemiológico de 2024, divulgado nesta semana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), do Governo do Estado.

Outras 12 também registraram focos do inseto, ainda que não sejam considerados infestados: Criciúma, Laguna, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Gravatal, Grão-Pará, Orleans, Praia Grande, Sangão e Santa Rosa do Sul.

A região não está entre as mais afetadas em Santa Catarina, que concentra os casos sobretudo na região de Joinville. Em todo o estado, há 154 municípios considerados infestados.

Santa Catarina tem 5.897 casos prováveis da doença. Na comparação com o mesmo período do ano 2023, observa-se um aumento de 646,5% no número de casos prováveis, segundo o Governo do Estado. Até o momento foi confirmado um óbito por dengue, em Joinville, e quatro permanecem em investigação, em Araquari, Florianópolis, Garopaba e São Francisco do Sul.

A gerente de zoonoses da Divisão de Vigilância Epidemiológica (Dive), Ivânia Folster, destaca a importância da população fazer sua parte na prevenção da doença. “É preciso unir esforços, do poder público e de todo sociedade, para enfrentamento das arboviroses. Ações simples que fazem diferença. Descartar corretamente o lixo, vedar caixas d’água, limpar calhas e lajes, são alguns exemplos”, destaca.

Sintomas e tratamento da dengue

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.

Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são os seguintes: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.

“O principal tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é receber hidratação, seja via oral ou injetável, a depender dos critérios de classificação do caso. Isso é essencial para evitar a evolução para gravidade dos casos”, explica Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde.

Segundo ele, uma pessoa de 60 quilos com suspeita de dengue deve ingerir mais de 3 litros de líquidos por dia de tratamento.

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