Içara, Araranguá, Tubarão, Imbituba, Passo de Torres, São Ludgero e Sombrio estão entre os 154 municípios catarinenses considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados são do segundo informe epidemiológico de 2024, divulgado nesta quarta-feira (31) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), do Governo do Estado.
Outras 12 também registraram focos do inseto, ainda que não sejam considerados infestados: Criciúma, Laguna, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Gravatal, Grão-Pará, Orleans, Praia Grande, Sangão e Santa Rosa do Sul.
De acordo com o Governo do Estado, até esta segunda-feira (29) havia 5.897 pacientes com os sintomas da doença. “Na comparação com o mesmo período de 2023, observa-se um aumento de 646,5% no número de casos prováveis”, diz o informe epidemiológico.
A região não está entre as mais afetadas em Santa Catarina, que concentra os casos sobretudo na região de Joinville.
Na região, há casos prováveis de dengue em Criciúma, Braço do Norte, Cocal do Sul, Armazém, Sangão, Nova Veneza, São Ludgero, Laguna, Imbituba, Tubarão, Sombrio e Forquilhinha, mas todos com incidência relativamente baixa em comparação com outras regiões catarinenses.
Uma morte foi confirmada (em Joinville) e quatro estão tendo a causa investigada (em Araquari, Florianópolis, Garopaba e São Francisco do Sul). Além disso, já foram identificados mais de 7 mil focos do mosquito Aedes aegypti em 192 municípios, dos quais 154 são considerados infestados.
Sintomas e tratamento da dengue
Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.
Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são os seguintes: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.
“O principal tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é receber hidratação, seja via oral ou injetável, a depender dos critérios de classificação do caso. Isso é essencial para evitar a evolução para gravidade dos casos”, explica Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde.
Segundo ele, uma pessoa de 60 quilos com suspeita de dengue deve ingerir mais de 3 litros de líquidos por dia de tratamento.