Uma casa abandonada na Rua Mário Brígido está oferecendo riscos aos moradores do bairro Lote 6, em Criciúma. O local possui uma piscina grande no pátio, sem cobertura nem cuidados periódicos. Os vizinhos reclamam que o lugar traz insegurança, tanto por saúde pública quanto com criminosos.
Conforme Vera Lúcia Leal, moradora e psicóloga, várias denúncias já foram feitas à Prefeitura de Criciúma, através da Ouvidoria do Município e da Vigilância Sanitária. “A casa está fechada há anos. Até o ano passado a piscina era cuidada, mas depois não foi mais. Ali possui focos de mosquito, não sei se tem mosquito da dengue, mas é um perigo. Eu fiz várias denúncias para eles virem limpar o local ou contatarem os donos da casa, mas até então não houve respostas”, reclama.
A moradora relata que não conhece os proprietários. “Mas são pessoas que têm condições de manter a piscina limpa mesmo não estando morando ali. Eles não mantém por descaso mesmo com os vizinhos. Além do risco de doenças, o cheiro também atrapalha. Quando abrimos as janelas vem o cheiro de água podre, então precisamos fechar”, ressalta. A única medida adotada até então pelos donos foi a limpeza do gramado.
Vera conta que faz anos que os agentes de endemias não passam pelo bairro. “Fala-se dos perigos de locais abandonados e do mosquito, mas aqui fazem de conta que não tem nada, parece brincadeira. Esperamos que alguma providência seja tomada. É muito desagradável para o bairro conviver com o mau cheiro que exala, com sapos, mosquito e moscas por conta dessa sujeira que tem ali”, pontua.
Problemas com segurança
A moradora ainda relata que o local abandonado traz insegurança aos moradores. Segundo ela, na última semana invasores entraram no local. “Dois rapazes entraram na casa, aí os vizinhos chamaram a polícia e foram enquadrados. É um lugar que está trazendo perigo para a saúde das pessoas e para a segurança. É um perigo a nós”, destaca.
Conforme o supervisor dos agentes de endemias dos Programa Municipal de Combate à Dengue, Robson Teller, a Vigilância Epidemiológica só recebeu a denúncia na tarde de ontem. “De manhã vamos lá olhar e tomar as medidas. Vamos fazer as coletas e se tiver muito crítico acionar a Vigilância Sanitária. Nós temos armadilhas no Lote 6, mas nunca tivemos problemas com foco no local”, refere.
De acordo com Teller, as larvas serão coletadas e se der positivo para mosquito da dengue será delimitado um raio de 300 metros da região para trabalhos de prevenção. Se nada for constatado, mas mesmo assim verificarem que a água está muito suja, o caso será repassado à Vigilância Sanitária para autuar o proprietário.
“A Vigilância Sanitária tem poder de autuar, e com isso as pessoas tomam as medidas necessárias porque sentem no bolso. Primeiro conversamos e orientamos, se não dá resultado acionamos a Vigilância Sanitária. Este caso pelo que vi é problemático, então devemos já acionar”, afirma Teller.
O supervisor conta que é preciso haver a denúncia para que a Vigilância Epidemiológica possa entrar em uma residência particular. “Em casas abandonadas nós só temos cuidados especiais quando há denúncias, porque nossos cuidados mesmo é em oficinas, borracharias, ferro velho, entre outros pontos”, esclarece.