A empresária do ramo hoteleiro Rosi Dedekind assume nesta quinta-feira, 4, a presidência da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais (Fampesc). Primeira mulher à frente do cargo da Federação, Rosi projeta desafios econômicos em Santa Catarina após um 2020 de pandemia.
“A gente vem de um trabalho de 35 anos em defesa de empreendedores de micro e pequenas empresas. Depois deste ano difícil, com bastante mudanças, a Federação está trabalhando principalmente na capacitação dos empresários. A adequação de novos modelos da inserção na tecnologia e nossa luta incessante, por políticas públicas que desburocratize e facilite o ambiente de negócios e permita o catarinense empreender”, destacou.
Segundo Rosi, a pandemia acabou causando um desespero total aos empreendedores no início. No entanto, com o passar do tempo, os empresários começaram a perceber que teriam que adaptar, e talvez até mesmo mudar, seus modelos de negócios para acabar sobrevivendo à pandemia.
O trabalho remoto por parte de funcionários foi uma das alternativas encontradas por algumas empresas que, para não parar, se adequaram ao home office. O Pronamp, programa econômico de incentivo do Governo Federal, foi outro fator que contribuiu para o segmento de empreendimentos.
“Muitas vezes achamos que o programa não atingiu muitos, mas aos que conseguiram foi fundamental. Alguns bancos mudaram a maneira de acesso ao crédito de micro e pequenas empresas, que historicamente não tem esse acesso por não ter grandes capitais para dar em contrapartida”, pontuou Rosi.
A vinda desse crédito acabou resultando em uma melhora no segmento de micro e pequenos empreendimentos. Em 2020, o setor fechou a frente das grandes indústrias, criando 193 mil novos empregos com carteira assinada no Brasil todo.