Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Saiba quais os riscos e proteções contra o coronavírus: idosos são mais vulneráveis

Médico infectologista, diretor técnico do Hospital São José, Raphael Elias Farias explica como o vírus se manifesta e a preparação da unidade de saúde para combatê-lo

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 13/03/2020 - 13:10
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

O novo coronavírus, com a alcunha oficial de Covid-19, ganha o noticiário à medida em que vai se espalhando pelas partes do mundo e atinge os setores econômico, esportivo e cultural. No Brasil, de acordo com o G1, são 77 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, número que sobe para 151 se levar em conta os levantamentos das secretarias estaduais - entra nesse segundo cálculo os dois casos em Santa Catarina, ambos em Florianópolis. Em meio a tantas notícias, perde-se o entendimento concreto sobre os efeitos do vírus e os desafios para tentar minimizá-lo. A reportagem conversou com o médico infectologista Raphael Elias Farias, diretor técnico do Hospital São José.

Os sintomas causados pelo Covid-19 são os mesmos de um quadro gripal: dificuldade respiratória, febre, dor de garganta, tosse, falta de ar. De acordo com Raphael, os sintomas não aparecem em maior ou menor intensidade. Assim, os critérios atuais no país para identificar como suspeita de coronavírus um quadro gripal, se restringem às pessoas que estiveram em um país com epidemia ou em contato com outras pessoas com ou sob suspeita de ter o vírus.

"O critério vai mudar se tiver casos comunitários ou não no Brasil", explica o médico. Raphael destaca que, por ser uma mutação nova, todas as pessoas são suscetíveis à infecção. O que diferencia o coronavirus do influenza, o vírus da gripe, é a taxa de propagação. Durante o surto do H1N1 em 2009, uma pessoa infectada passava, em média, o vírus para 1,5 pessoas. No coronavírus, o número sobe para 2,7. 

Ou seja: duas pessoas com o H1N1 em 2009 passavam o vírus para três pessoas. Duas pessoas infectadas pelo coronavírus passam-no para, pelo menos, mais cinco. 

Infecção

O coronavírus pode evoluir para um quadro mais grave, que pode necessitar inclusive de internação do paciente. A taxa de mortalidade é maior entre os idosos, especialmente acima de 80 anos: segundo Raphael, chega a 18% de óbitos nessa situação. Pacientes acima de 70 anos ou com doenças crônicas também são mais suscetíveis à evolução para um quadro mais grave, se comparado a um jovem ou jovem adulto sadio. 

"80% das pessoas vão ter um quadro mais leve. Outros 20% podem ter sintomas mais exacerbados, alguns com risco até de precisarem de internação em UTI", aponta o médico. Em Criciúma, ainda não há nenhum casos suspeito confirmado para o coronavírus.

Contenção

De acordo com o médico, o Hospital São José está preparado para atender aos possíveis casos do vírus na cidade. "Desde o começo o hospital tem feito reuniões com as equipes e está preparado para os piores cenários. Já temos um plano de contingência que vai mudando de estratégias conforme vai evoluindo", disse. "Até o momento são poucos casos", completa.

O diretor técnico do hospital faz questão de destacar para que a população não se alarme com a situação. "Até o momento a situação está sob controle, mas é momento de primar pela prevenção, sem necessidade de pânico. Havendo sinais ou dúvidas, a pessoa deve procurar sua unidade de saúde para receber os encaminhamentos", conclui Raphael.

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito