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Salvaro diz que Criciúma paga o melhor salário e Jucélia rebate: "O prefeito não cumpre a lei"

Novo projeto do dissídio foi protocolado na Câmara de Vereadores e será votado no sábado (27)

Gabriel Mendes e Stefanie Machado Criciúma, SC, 25/05/2023 - 08:10 Atualizado em 25/05/2023 - 10:27
Fotos: Divulgação
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O impasse entre os servidores públicos municipais e o Governo de Criciúma a respeito do dissídio continua. A primeira proposta de reajuste salarial encaminhada pelo Executivo foi rejeitada por unanimidade na Câmara de Vereadores. Ainda nessa quarta-feira (24), um novo projeto, que prevê reajuste de 4,36% para todas as categorias, foi protocolado no Legislativo. 

Segundo o prefeito Clésio Salvaro, o projeto deste ano é similar ao apresentado em 2022. "A nova proposta mantém todos os ganhos. O vale-alimentação do ano passado, que era de R$ 170 passou para R$ 450. Estamos mantendo todos os ganhos e benefícios assegurados naquela lei e ainda com o índice de correção. Não há razão para isso a não ser uma: fazer da política salarial um momento para fazer política eleitoral. É isso que o sindicato faz", disse em entrevista à Rádio Som Maior

O prefeito defende que o salário pago aos servidores é superior ao que é encontrado na iniciativa privada. "Eu asseguro: a Prefeitura de Criciúma é a que paga o melhor salário. Inclusive, com muitas dificuldades conseguimos implantar na educação e agora na saúde a meritocracia. Quanto mais você produz e melhora o serviço que entrega para a população, mais você ganha. Eles não querem isso", afirmou. 

Salvaro disse que o projeto original era ainda melhor, mas acredita que a nova proposta deve ser aprovada pelos vereadores. "Para alguns professores, a proposta de reajuste era de 29,5% caiu para 24,5% para manter linear a diferença entre alguns níveis de professores em 10%. Foi retirada a regência de classe, que é para o professor que está em sala de aula, não para quem está em cima do caminhão fazendo piquete e impedindo pessoas de bem de trabalhar. Esses sim nós tiramos a regência de classe. Por isso essa revolta, o que eu lamento profundamente", salientou. 

O que diz o Siserp

Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp), Jucélia Vargas, essa “novela” está longe de acabar. “Quando não tem diálogo, as coisas ficam muito mais difíceis, o governo que não conversa cria bagunça e ficou uma bagunça criada no município de Criciúma”, explicou.

Ainda de acordo com Jucélia, a proposta não cumpre o piso do magistério, mas melhora a proposta para os servidores, nacionalmente o piso é de R$ 4.420 mas em Criciúma, é de R$ 4.219. “Ele não cumpre com a lei, ainda tem ação judicial para ser feita”, acrescentou. 

A presidente do sindicato ainda cita o exemplo da Escola Luiz Lazzarin, que tem mais de 700 alunos. “Tem duas serventes que fazem a comida todos os dias, três serventes que limpam a escola todos os dias, tem lógica um governo deixar uma perda de 10,25% no salário dessa servente? Ela vai perder 200 reais por mês”, destacou Jucélia. 

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