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SC é referência em transplantes de órgãos

É a 13ª vez nos últimos 17 anos que o estado é destaque nacional na área

Por Redação Florianópolis, SC, 20/03/2022 - 12:10 Atualizado em 20/03/2022 - 12:25
Foto: Divulgação
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Santa Catarina foi reconhecida pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos como o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2021. É a 13ª vez nos últimos 17 anos que o estado é destaque nacional na área. Nos outros quatro anos, ficou em segundo, atrás apenas de uma unidade federativa. O Registro Brasileiro de Transplantes confirmou o primeiro lugar para SC com 40,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Paraná com 35,8 doadores pmp e Ceará e São Paulo – com cerca de 21 doadores pmp cada.

Mesmo com a pandemia do Coronavírus, Santa Catarina se manteve como referência no país, com 939 transplantes realizados em 2021. Houve um aumento de 33,95% comparado ao ano de 2020. Foram 517 transplantes de córnea, 195 de rins, 114 de fígado, 12 de pâncreas, quatro de coração e 97 de medulas ósseas. O maior aumento do número absoluto de transplantes foi o de córnea – era 265 em 2020 e passou para 517 no último ano.

Atualmente, o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes, mas o Registro Brasileiro de Transplantes revela que as doações caíram em 2021: 4,5% em relação a 2020. Quando comparada a média de transplantes por milhão de população (pmp) no país, Santa Catarina está acima da média nacional em transplantes de córnea, rim, fígado e pâncreas.

Quanto aos transplantes de fígado, o estado também aumentou de 2020 para 2021: 17,5% a mais, na comparação. O número de equipes que realizam os transplantes se manteve. Para o Coordenador Estadual de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade, essa referência fica ainda mais evidente quando comparada a outros unidades da federação, que chegam a ter menos da metade de transplantes que nosso estado.

“Nós nos recuperamos de 2020, quando houve uma baixa esperada no número de órgãos disponíveis para transplante em função da pandemia. Na época, o fluxo de doações de córneas, por exemplo, caiu muito porque o Ministério da Saúde recomendou formalmente para que evitássemos transplantes de tecido ocular das vítimas de paradas cardiorrespiratórias. Hoje, estamos acima da média nacional e somos destaque geral. É perceptiva a generosidade do nosso povo, o qual continuou solidário mesmo em momentos adversos, como a pandemia”, resumiu.

Atenção especial

À frente da coordenação estadual do SC Transplantes há quase 17 anos, Joel de Andrade ressalta que desde 2019 o processo de doação de órgãos ganhou uma atenção especial em Santa Catarina.

“Eu recebi uma ligação do governador Carlos Moisés ainda em 2019. Ele perguntou se eu precisava de alguma aeronave para transplantes. Eu disse que nós tínhamos acesso, mas que a demanda sempre necessitava de mais. Ele determinou que o helicóptero priorizaria os transplantes e a demanda das doações. E, de fato, foi o que aconteceu. Eu costumava dizer que só acreditaria vendo, mas eu vi. Vi nesse Governo o quanto a doação de órgãos era uma prioridade”, afirmou Joel de Andrade.

Foto: Divulgação

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