As manifestações contrárias ao resultado das eleições - com bloqueios em rodovias por Santa Catarina - deixaram prejuízos para o setor de saúde em todo o estado. Em média, entre 60 a 70 cirurgias eletivas tiveram que ser remarcadas. Outros 300 exames e consultas com especialistas também não puderam ser realizados na última semana. As informações foram repassadas pelo secretário de Estado da Saúde (SES), Aldo Baptista Neto.
Com base em manifestações similares de 2018, foram estabelecidas estratégias pela SES para evitar maiores prejuízos. "Esse movimento tinha uma diferença bem grande em relação a 2018, em que tínhamos um liderança oficial que podíamos tratar diariamente o que poderia passar ou não passar nas barreiras. Dessa vez, não. Foi preciso tratar barreira por barreira nos pontos de paralisação. Com isso, tivemos que atrasar procedimentos dos mais variados, mas não impedidos", enfatiza.
De acordo com o secretário, para a grande parte dos procedimentos, a agenda deve ser normalizada em até 15 dias. "Para aqueles de maior complexidade e com fila maior, cerca de 30 dias", reforça Neto.
Entrega de vacinas
Além do adiamento de procedimentos cirúrgicos e consultas, os bloqueios em rodovias também prejudicaram a entrega de vacinas. Na última segunda-feira (31), mais de 147 mil doses foram impedidas de chegar aos seus destinos. Os imunizantes viriam para as Centrais Regionais de Araranguá, Criciúma e Tubarão.
As entregas só puderam ser realizadas na quinta-feira (3). Segundo a SES, como estratégia para facilitar o transporte, os caminhões foram substituídos por vans.