A Covid-19 voltou a ser uma preocupação em Santa Catarina. O alerta foi reacendido devido ao aumento de casos e lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pelo estado, especialmente, em relação aos leitos destinados à pediatria.
Conforme o secretário de Saúde de Tubarão e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina, Daisson Trevisol, o inverno é um período sazonal que complica ainda mais o cenário. "Nessa época, historicamente, os hospitais estão sempre lotados. Com a questão da Covid nos últimos dois anos, começamos a prestar um pouco de mais atenção na questão da lotação dos leitos de UTI. É uma preocupação, porque nós temos outras doenças relacionadas a problemas respiratórios", ressalta.
Nesse sentido, conforme Trevisol, há uma intensa cobrança para que o Estado disponibilize novos leitos de UTI. Na última segunda-feira, dia 30, o Governo Estadual anunciou 68 novos leitos de UTI pediátrica e neonatais em Santa Catarina. No entanto, a ampliação tem até 90 dias para ser concluída.
"O que é importante ressaltar é que a maioria dos casos não tem agravado em virtude da vacinação. Aqueles que tem ido ao hospital são os que não vacinaram ou não completaram o esquema vacinal. Todos nós relaxamos em virtude da redução do número de casos e também na liberação do uso de máscara e das atividades", salienta o presidente.
Preocupação com Covid-19 em Criciúma
A situação de Santa Catarina também reflete no Sul do estado. Conforme o secretário de Saúde de Criciúma, Arleu da Silveira, quase 80 mil pessoas ainda não tomaram a dose de reforço contra a Covid-19 no município. "É muito preocupante. Há um relaxamento muito grande das pessoas que não tomaram a terceira dose. O esquema vacinal não está completo para essas pessoas", destaca.
O aumento de casos é perceptível em números. "Em um mês, saímos de 97 casos ativos para 347 ontem, no último boletim", informa. "Todos nós sabemos o que passamos, perdemos amigos, perdemos parentes, a cerca de dois anos atrás. Não é por falta de vacina", enfatiza. Segundo o secretário, há sete crianças internadas com suspeita da doença em Criciúma e nenhum leito de UTI disponível na região.