A próxima semana é dedicada ao combate ao câncer infantil. O alerta é para a importância do diagnóstico precoce. Quando descoberto nos estágios iniciais, a chance de cura é de 80%. Na macrorregião Sul de Santa Catarina, que tem aproximadamente um milhão de habitantes, espera-se o diagnóstico de 170 casos de câncer infantil ao ano.
“As crianças que depois de cinco anos estão curadas permanecem curadas. Ou seja, estatísticas mundiais mostram que, se a criança sobreviveu aos primeiros cinco anos sem o retorno da doença, tem 96% de chance de a patologia não voltar mais”, revelou o cirurgião pediátrico Christian Prado. Segundo o médico, diferente do adulto, para as crianças não há prevenção primária, que é aquela que evita que a doença aconteça. “A única prevenção primária que a gente tem é a vacina de Hepatite B que evita câncer do fígado e a vacina de HPV que evita os cânceres de pênis e de colo de útero na fase adulta”, disse.
No adulto, como média geral, dependendo do tipo de tumor a mortalidade é maior. As crianças tem maiores chances de cura. “Nos anos 70 a sobrevida era 30%. O que mudou de lá para cá são os tratamentos que a gente chama de multimodais. Hoje são com quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Os tumores em crianças respondem mais a quimioterapia, como média geral”
Os tipos mais comuns
As leucemias e linfomas são os tipos mais comuns de câncer em crianças, revelou o especialista. Em seguida aparecem os tumores que atingem o sistema nervoso central. “É o caso do câncer no cérebro e de medula”, contou. Depois os tumores no abdômen. “São os tumores dos órgãos sólidos como a suprarrenal, rim e fígados”, explicou. E por último os tumores nos ossos.