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Servidores dos Correios da região aderem à greve nacional

Movimentação surge após fim do acordo coletivo com a empresa, que resultaria num corte de 40% dos salários

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 18/08/2020 - 11:30 Atualizado em 18/08/2020 - 18:49
Foto: reprodução
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Carteiros e servidores do sul de Santa Catarina estão aderindo à greve nacional dos Correios, deflagrada ainda no final da noite desta segunda-feira, 17. A paralisação das atividades em si ocorreu na manhã desta terça-feira, e já conta com uma adesão de aproximadamente 60% dos trabalhadores em Criciúma e região.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sincet/SC), Jeferson da Rocha, a movimentação surge devido a falta de acordo coletivo entre a empresa e os servidores, o que acaba acarretando na suspensão de alguns direitos trabalhistas acordados anteriormente.

“A empresa está irredutível, não negocia. Ela colocou a pauta na mesa e não a discute com os trabalhadores, que seria a manutenção do acordo coletivo de integridade. Não estamos pedindo para ter aumento, mas sim para redigir o acordo. A empresa quer excluir 60 cláusulas de acordo coletivo, manter só as leis contratuais. Tudo que foi conquistado e negociado nos últimos 20, 30 anos a empresa quer retirar da noite para o dia”, pontuou.

O corte dos benefícios que haviam sido acordados, e que não foram renovados peloS Correios, resultaria em uma redução de aproximadamente 40% do salário dos trabalhadores. “Isso é desproporcional e injusto com o trabalhador dos Correios, que estão no dia-a-dia, no sol e na chuva, levando a empresa nas costas”, afirmou Jeferson.

O sindicalista ainda ressalta que por anos os trabalhadores preferiram entrar em acordo para garantir aumento em benefícios como no vale alimentação e auxílio creche, ao invés de um aumento salarial propriamente dita. Jeferson afirma que a ideia dos Correios é fazer com que sobrem somente os direitos que foram garantidos pela CLT. 

“Na prática nós ficaríamos com um salário defasado, sem condições de prestar serviços de qualidade. Não há condições do trabalhador ir trabalhar no dia seguinte sabendo que irão reduzir o seu salário pela metade, temos contas à pagar, famílias à abastecer e nossas obrigações do dia-a-dia, não podemos simplesmente aceitar isso, e é por isso que entramos em greve”, reforçou.

A greve e a paralisação dos servidores deverá continuar, então, até que os Correios apresentem uma nova proposta de acordo coletivo para os trabalhadores, voltando atrás na questão do corte dos benefícios.

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