Setembro Verde foca na prevenção do câncer de estômago

Para o ano de 2020, são esperados mais de 15 milhões de casos novos de câncer no mundo. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta para os tumores de maior incidência entre homens e mulheres. O câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, com 190 mil óbitos por ano. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que 596 mil novos casos da doença surjam neste ano. Destes, 34.280 casos serão somente de câncer de cólon e reto (intestino), cuja proporção será maior na Região Sul onde a doença é a segunda e a terceira mais frequente entre homens e mulheres, respectivamente.

Este mês é voltado para campanhas de conscientização sobre a doença: Setembro Verde. “A campanha tem sido desenvolvida nos últimos três anos, embora movimentos neste sentido já são pelo menos há 30 anos, mas maciçamente como neste ano não tinha acontecido ainda no país”, fala o proctologista, Amauri Cadore.

Ele comenta ainda que o primeiro passo para diminuir a incidência é a conscientização. “É importante que a população entenda a importância de se fazer a prevenção. Foi feito campanhas com relação ao cigarro, para as mulheres para evitar o câncer do colo uterino, foi uma questão de conscientização para que as mulheres procurassem o serviço para fazer a prevenção. Da mesma forma, os serviços médicos estão fazendo estas campanhas. Depende do paciente os procurarem. Nós procuramos motivas nos consultórios, mas é importante que as pessoa venham com esta pré-disposição de fazer a investigação que é realizada por dois exames. Um é a pesquisa de sangue oculta nas vezes, que é muito simples e outro é a colonoscopia”, cita.

O assunto ganhou ainda mais destaque na última semana com a morte do ator Chadwick Boseman, que interpretou o herói Pantera Negra nos cinemas e comoveu admiradores ao redor do mundo. Ele lutava contra um câncer de cólon há quatro anos.

O câncer colorretal tem origem multifatorial e é um tipo de tumor maligno que afeta o intestino grosso, o cólon ou o reto. Ainda segundo Cadore, a resistência em procurar ajuda médica era muito grande há 20 anos. “Hoje as pessoas aceitam de forma bem branda porque estão conscientes que é uma forma de evitar uma doença mais grave. O mais grave não é a incidência, é que as pessoas chegavam com a doença muito avançada”, completa.